domingo, janeiro 22, 2006

Amaro na calha...


Depois de tanto alarido à volta desse filme português intitulado de: “O crime do padre Amaro” acabei por ir vê-lo ao cinema. Essencialmente serviu para dois motivos: voltar a ir ver um filme ao cinema, o que já não acontecia há uns meses e, para mais uma vez, poder comprovar que um filme português tem muito que evoluir. Confesso que o último filme falado em língua de Camões que me atrevi a ir ver, foi o Jaime. Com as devidas diferenças o conteúdo, apesar dos anos que os diferenciam, não é muito diferente. Se o Jaime reflecte o típico português meio apardalado, onde a asneirada é proporcional ao número de palavras; o Crime do padre Amaro, é daquele filmes sem sal, onde a falta de sabor parece estar disfarçada pelas cenas de sexo a que se assistem, cada uma mais banal que a antecedente. Neste caso concreto, não havia grande margem de manobra para a sua elaboração, visto que é uma réplica das páginas do livro de Eça de Queirós, passada para a tela do cinema. Nunca li o livro, mas depois de o ver em filme qualquer força que me levasse a fazê-lo anulou-se por completo. No entanto, pelos vistos nem tudo foi seguido à regra. Aqui e ali, a publicidade ao Cofidis ia mostrando o ar da sua graça. (Onde a necessidade de orçamento chegou). Achei muita piada, daquelas que se coadunam na perfeição com o filme, quando como manda a ética a mãe é demovida pelas palavras do Sr. padre, para não abortar. Como há sempre o lado bom da questão, as piadas de um dos padres, lá foram animando os espectadores, (valha-nos isso).
Enfim, filmes portugueses não estão de todo no topo das minhas preferências. O que é uma pena, por que defendo que Portugal tem bons actores, que com certeza honrariam o nome desta lusa gente, onde quer que fosse. Porém, para tal, não são filmes como o Jaime, Zona J, Sorte Nula, entre muitos outros que vão acalorar estes talentos. Porventura, o problema reside nas minhas escolhas quanto a filmes portugueses, pois ainda não vi nenhum que gostasse realmente. Por defeito de escolha ou falta de bom gosto, como queiram intitular, a verdade é só uma: filmes portugueses é daquelas coisas que primeiro se estranha e depois se entranha
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Um comentário:

Adriano Cerqueira disse...

A minha prof de psic disse k o filme n tinh nd a ver cm o livro. Eu gostei de ver o filme, mais pela Soraia Chaves que por outra coisa =p Mas sempre é uma mudança daquilo que se espera inicial/. Tem que haver maior aposta nas nossas artes, lá fora ganham prémios de vez em quando, como o Odete, mas aqui é preciso desnudar modelos para por o psl numa sala de cine.