sábado, janeiro 19, 2008

Eu vi. Vi sim senhor!




Ora portanto, arrastada por um amigo lá fui eu ao cinema. Pensava eu que, Call Girl, estaria reservado naquela sala inteiramente só para nós. Acontece que o tiro saiu pela culatra e a sala estava cheia, para meu espanto e mais de uns quantos.
À boa maneira dos filmes portugueses, ou do estereótipo que tenho deles, pensei que fossem umas horitas de fazer comichão ao dorso, em que só me valessem as pipocas. Mais uma vez, enganei-me. Mas muito.
O filme dispensa apresentações depois de tanto alarido. Tenho a dizer que gostei. E muito. Bem concebido, com uma história por detrás do “pinocanço” à Zé-povinho, acompanhado de personagens à altura, assim creio.
Ilucida, às claras, até onde o dinheiro pode arrematar a honestidade e colocá-la à deriva da promiscuidade da paixão, ou de uma espécie. Mostra, ainda, que ou se opta por amar ou por ir "amando", sendo que em ambas as opções, o ciúme é, vertiginosamente, cego!
Simpatizei com o sarcasmo arrematador de Ivo Canelas, impecavelmente no ponto.
Apraz-me dizer que, de facto, o que é Nacional ainda é bom.
Aconselho!
Amén!

Frase a reter:"Que mania de superioridade a dos homens, só porque têm uma pila e sabem mexer bem na merda de um macaco!"

Nenhum comentário: