quinta-feira, março 27, 2008

Noite de putos crescidos, ou nem tanto.

Esta coisa de numa bela tarde de sol, ir assistir a aulas universitárias, tem a alguma pinta.
Ora, a coisa começou com matemática. Mas como é algo mais avançado, já toma o nome de análise II. Muito à frente, diga-se. E eu, parecendo gente crescida, até passei uns integrais, (matéria de meninos da faculdade), do quadro. A sala era grande, e igualmente meritórias poderiam ser as vistas. Poder até podiam, mas no meio de tanta gente só estava um rapazito a fazer as vezes de macho. Ou se calhar até não. Bom, isso são pormenores.
Depois da aula, e com o estômago a exigir alimento, lá fomos nós ao bar. Relativamente bem frequentado, é verdade. Os meus olhos de lince focaram um tal casaco azul que contrastava com a t-shirt amarela a que estava sobreposto. Sim, primeiro as cores, depois o todo. Era um moço bem apessoado, com um metro e setenta e piques e, efectivamente, esbelto. Mas como a seguir havia outra aula, alguns aspectos ficaram por estudar. Quem sabe da próxima vez, se ele ainda por lá vaguear.
Na aula que se sucedeu, isto melhorou. Mais e melhor gente, que é como quem diz, meninos, moçoilos, gajos. A qualidade não era necessariamente boa, o que havia era mais oferta. E toda a gente sabe que, quando a oferta aumenta, a procura tende a aumentar também. Naquela sala explicava-se o conceito de economia da saúde e davam-se exemplos práticos. É verdade que sim. Porém, as pessoas que lá estavam só não dormiam, porque as cadeiras, de facto, não se proporcionam à medula daquelas gentes, que é esquisita como tudo. Era noite quando a aula acabou.
Eu, infiltrada como sempre, lá fui arrastada para o jantar do dito curso. Apetitoso, por sinal. O problema é que o vinho também o era, tal como os cânticos que entoavam aquelas paredes. Bota abaixo…e tal e tal. Mas eu, que sou uma senhora que não gosta de muitas festinhas do álcool no cérebro, lá emborquei ice tea. À parte de mais duas amigas, no final do jantar houve muito boa gente que evacuou, assim como que à pressa. Como se não houvesse amanhã. Outros viam a dobrar ou a triplicar, a avaliar pelos gestos.
Seguiu-se o dito rally das tascas, com direito a paragem por todo e qualquer local que fizesse lembrar um bar. Quando não havia mais nenhum para percorrer, estavam meia dúzia a dançar e os outros a dormir em tudo o que era canto ou cama, depende da perspectiva. Coisas de gente… crescida, (ou não!).

Um comentário:

Farqad al-Khawwas disse...

É curioso! Estava eu, a ler este teu post, com a sensação de que, já "visionei" este guião, em algum lado...
Não sei, se o facto de ser desidratado, faz de mim suspeito de me pernunciar sobre os actos bem hidratados de certas pessoas.
Mas acho que, para uma pessoa se divertir, é num estado são, que tira o melhor proveito ;)
Gostei da tua "visão" :D Bj