segunda-feira, maio 12, 2008

Às vezes querer escrever não é tudo. As palavras engasgam-se nos sopros, ficam perdidas a meio e não saem. Nem sequer a ferros.
Mas ficam registadas, prontas a processar. Depois, são explusas numa qualquer hora e parecem querer vir aos molhos, manchadas pelo pó. Umas vezes fazem mossas. Outras, estão ali por estar. Não aquecem a alma como em outros dias. Parece que estão só a fazer número, a ragar a carne. Pesam como ferro. Mas é só peso.
São meras marionetes ao sabor de nada.
Hoje é assim, o nada. Mil e uma coisas para dizer. Mil e um segredos. Mas nenhum se mostra, porque aí, reclamariam espaço. Um espaço que não têm.

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