sexta-feira, junho 27, 2008

Machões. Ou quase.

Há uma diferença entre ser otário e passar por parvo, mas saber muito. O Zé- Zé Camarinha é um bom exemplo. É um tipo depravado, mas objectivo. Tem noção que sabe engatar gajas, dizer o que elas gostam de ouvir, dar-lhes a volta. Mas isso não lhe retira o título de otário. Daqueles com ó grande.
Agora lembrou-se de lançar um livro. “Zé-Zé o último machoman”. Toda a gente pode escrever, deste que tenha assunto. É um facto. Agora a qualidade do mesmo, já é outra conversa. Apesar disso, confesso que tenho alguma curiosidade em ler o dito cujo e o motivo é simples. É que o dito senhor poderia ser muito bem o protótipo dos solteirões.
Por três motivos: são cabrões, galãs e falsos moralistas. É que o senhor está a ficar velhote e antes que perca a fama, que é uma coisa tão volátil, convém salvaguardar o título de machão.
Esta coisa de se ser machão é complicada. Nós mulheres não gostamos de panhonhas é ponto assente. Tem de haver um toque de virilidade, só um cheirinho não chega. Porém, não é menos verdade que detestamos gente convencida. O meio-termo, na teoria, é perfeito. Isto porque, lá no fundo, são os narizes empinados e os seguros de si que nos dão alguma pica.
A parte má é que eles têm demasiada noção disso. Um homem convencido, é um osso duro de roer mas interessante de dobrar. Principalmente quando apanham este tipo de feitio, mas em mulher. Aí, sim, gosto de ver. Porque não é a parvinha que se derrete toda como um caramelo. Aí, é um para um. Ponto.
Vá lá, corram para as livrarias. Esfolem-se, arranhem-se, mas só em extrema urgência, mas comprem um exemplar ao senhor. Ele agradece. Além do mais, o vosso filho pode ser o próximo a precisar. Ah, e com um bocadinho de jeitinho, ainda levam um autógrafo. Se forem menina, cheiram-se que o local do mesmo, é facultativo. Bom, mas isso já são pormenores.

Um comentário:

Anônimo disse...

Já reparaste na coincidencia? Falas no Zézito e coincide co post #69 de 2008 do teu talho de letras