
Ora então vamos aos prognósticos. Casa cheia, adeptos ao rubro, tudo fazia esperar um resultado animador. Porém, não houve mais do que uma réplica de um Benfica que, sinceramente, eu própria não reconheci. O povo costuma dizer que uma imagem vale mais do que mil palavras e, neste caso, mais do que qualquer comentário que possa tecer, só mesmo ver para crer. Parece que me enganei quanto ao resultado final, mas confesso que foi um autêntico pasmo. Depois de um ciclo de vitórias, é natural que estivesse à espera de outro desfecho, completamente distinto. Se a questão for levada para o lado da justiça, então há que ter a frieza necessária para dizer que o Sporting foi o justo vencedor, por aquilo que fez e produziu, pela sua atitude ofensiva. Quando a equipa da casa passa noventa minutos, como se tivessem aterrado em cada momento no relvado, completamente atónicos, sem saber muito bem quem marcar; então é mais do que evidente que é meio carimbo para a derrota. Há alturas, que uma natural indignação me invade quando, o Benfica ataca, remata, tenta e volta a tentar e nada de golos. Ontem, não foi de todo uma dessas situações, visto que quem não marca, por norma, não tarda em sofrer. O que eu vi não foi um duelo, foi um jogo em que de Benfica não se viu nada. Faltou garra, determinação, postura, ataque, organização. Enfim, faltou jogo. Resta, então, dar os parabéns aos visitantes pelo resultado que conseguiram inverter a seu favor. Quanto aos da casa, como em todas as equipas, existem dias menos bons, em que efectivamente das jogadas sai tudo menos futebol. Não obstante, um título não se define numa jornada e como tal o Benfica é o presente campeão nacional, que vai erguer a cabeça e seguir em frente. Afinal de contas, se o resultado tivesse sido uma vitória para as águias, então os lagartos (sem sentido prejurativo) teriam a vida ainda complicada. Em termos práticos, faz aumentar a disputa. É incontornável que o Benfica, quer queiram quer não, é a única equipa portuguesa que está actualmente na liga dos Campeões, portanto seria injusto passá-la de bestial a besta. Em jeito de remate final, só os burros não aprendem com os erros e como tal, esta derrota, servirá ao menos para redefinir estratégias. Só não compreendo como é que muitos desses adeptos com o ego enaltecido, com é previsível, só se sejam capazes de manifestar em ocasiões mais abonatórias, sendo que quando o resultado não é sorridente afirmem com expressão néscia e, passo a citar: “Ah não me identifico muito com o futebol!”. |