quinta-feira, abril 30, 2009




Há decisões demasiado dificeis. É a pressa de ir e o ter ficar.

sábado, abril 25, 2009

Hoje e sempre


Hoje que desde há 35 anos se celebra, por excelência, o dia da liberdade; há qualquer coisa que escapa à geração que nessa altura não existia. À minha geração.
O que nos escapa é um pouco de nós. Tomamos as coisas como dado adquirido, porque nunca conhecemos outro regime, outras gentes, outras manhãs. Para nós, a liberdade sempre esteve a par da nossas descobertas do dia a dia. Nem sequer pensamos nela, porque está mesmo aqui ao lado. Essa, que sempre foi a menina dos nossos olhos. Essa que se deita connosco depois de um dia a dizer os maiores disparates e acorda, na manhã seguinte, à procura do que lhe temos para dar. Porque isto de dar e receber, nunca é só de uma parte. Há sempre o caminho inverso, ao que damos e ao que recebemos. Mas, no final de contas, é ela que nos permite optar por um, por outro ou por um terceiro alternativo. É isso que nos foge entre os dedos. Isso, e a fibra para tentar, ficando só a cobardia para fugir. Fugir de nós, e ficarmos nas entranhas dos outros, de um falso outro eu. Ir por ali porque ele vai e não ficar cá porque ele não fica é feio e faz moça.
Hoje e sempre, 25 de Abril de 1974. Não o dia, mas o espríto que teima em não querer ficar.




quinta-feira, abril 16, 2009

Amêndoas da Páscoa, das modernas

Lá fora, veio uma rajada de chuva, e lembrei-me, assim como quem não quer a coisa, que ainda não tinha compartilhado convosco uma daquela histórias de gente aluada que entra para a faculdade.
Ora então, a coisa divulga-se em meia dúzia de linhas. Tem como protagonista uma miúda que, segundo consta, tem dez anos em cada perna. O cérebro é que discorda que lhe pese tamanha idade. A Manela (nome de código) mora ali para uma aldeiazinha da Beira Interior e faltam-lhe, ainda, três dedos de testa.
Aconteceu a 1 de Abril, dia por excelência das mentiras, mas o que segue é bem veridíco. Chego eu à Faculdade, muito apressada por já ter o Belo à perna com o meu ligeiro atraso, quando abrando o passo porque colegas meus tiveram a mesma brilhante ideia.
-Ah e tal, já sabes a nova? Pois, não estou a ver.
Então diz que a Manela fugiu para o Luxemburgo, ter com um gajo que conheceu pela net mais velho do que ela. Especula-se se estaria grávida. Pensei que fosse uma brincadeira, dado o dia do acontecimento. A espanto, assim com direito a sobreolho franzido e tudo, lá ouvi o resto da história. Parece que a mãe telefona aflitíssima mal rompeu o dia, para a rapariga que melhor se dá com ela, muitíssimo espantada porque a filha lhe tinha levantado trezentos euros da conta no dia anterior. Para meu maior espanto, que sou uma tenrinha nestas coisas ditas rebeldes ou pouco ajuízadas; porventura, oriundas de libertagem desmedida; isto ainda se agudizou. Deixou tudo em casa. Por tudo entenda-se pc, telemóvel e eventuais vestígios que a pudessem identificar e voou para as nuvens. Assim, dito e feito. Levou a roupa do corpo, cartão de crédito (pudera) e esvoaçou-se.
Ora como life goes on, meteram-se as ditas férias da Páscoa e ainda não me chegou aos ouvidos mais desenvolvimentos. Quer dizer, já pude apurar, segundo fontes fidedignas, que a tipa veio a reboque dos paizinhos de volta a Portugal. Resta-me, então, a curiosidade para lhe ver a cara de pau de volta às aulinhas.
Para nota final, parece que a primeira preocupação dos pais foi....pois, tudo menos o que vos está a passar pela cabeça agora. Preocuparam-se, se a menina não tinha dinheiro para se coçar. Ai, ai... fazia-lhe falta ter nascido cá por estas bandas com uns pais como os meus, e ia ver o que era bom para a tosse.
Isto era bem vendido à TVI, era sim sr. Mas fedorento, já o mundo anda.

terça-feira, abril 14, 2009

Isto

Dizem?
Esquecem.
Não dizem?
Disseram.
Fazem?
Fatal.
Não fazem?
Igual.
Por quê
Esperar?
Tudo é Sonhar.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"

sexta-feira, abril 10, 2009

Coisas que ficam



Este filme passou agora da SIC e estreou em 1999. Há dez anos, tantos quantos eu tinha na altura. Nem mais nem menos. Estava o Centro Comercial Colombo a nascer para o mundo e para mim. Fui lá vê-lo e desde logo me espantei com arquitectura do CCC. Naquela altura, aquilo era diferente de tudo a que estava habituada. Um mundo novo para o meu pequenino cérebro.

Para uma miúda com dez anos, ir à Capital e ainda por cima passar numa sala de cinema assim e ali, foi algo de especial. Soube-me muito, mas muito bem. Aquela animação toda, o som, um balde de pipocas enormeeee e um sorriso de orelha a orelha; veio para nunca mais esquecer. Lembro-me que a seguir, no auge de mim, comi um gelado cujo sabor jamais voltei a experimentar. Havia qualquer coisa, talvez fossem os dez anos de descobertas feitas até ali. Coisas que não se ensinam, nem tão pouco se sabe como se aprendem. Contudo, no fim de contas, estão cá.

Hoje já não vejo nos miúdos o mesmo brilho no olhar que se tinha na altura, com as traquinisses inocentes. Hoje, os putos modernos, trocam uma bela tarde de brincadeira a correr por aí por uma PSP e um hamburger para calar a fome e a vontade. Para se calarem a si, enquanto estes pormenores lhe roubam os melhores anos de uma vida que não volta.

Assim, de mansinho e aos poucos. De olhos fechados, a fazer o pino, debaixo de água ou como quer que fosse, seria capaz de apostar que, sem darem conta, já vão estar crescidos.

quinta-feira, abril 09, 2009

Diego Ribas da Cunha



Já tinha saudades de ver este menino jogar. Palavra! Foi pena ter saído do FCP. Tem 24 aninhos. Daqueles que espalham magia e tudo. Além disso, não é de se intimidar com a bola.

Marcou esta noite dois golos jeitosos contra o Udinese.

Perfeito, perfeito era vir para o Benfica! Confere.

segunda-feira, abril 06, 2009

Esta coisa das Trident senses


São boas, boas! Quaisquer umas de A a Z.

sexta-feira, abril 03, 2009

Pormenor

Há, definitivamente, poucas coisas pelas quais eu trocava apenas uma: o chuveiro da residência de estudantes. Eu saio de lá outra, mesmo.
Gosto. Gosto e pronto!

Quase...



.... que gosto mais desta música do que de chocolate!