Hoje foi dia de fazer as malas e voltar. Voltar para terras Albicastrenses para mais um ano de luta. Por tanto e por tão pouco. Foi dia de trazer quase meio mundo às costas e tornar-me, novamente, a menina da Faculdade.
Por mais que se cresça, há coisas que, dificilmente, mudarão. O friozinho na barriga do primeiro dia. O ter deixar os amigos do costume. O guardar na memória aqueles momentos dos meses de Verão. A incerteza de como será desta vez. Mas, sobretudo, não muda o olhar da minha mãe que se inunda sempre com uma lágrima ao cantinho do olho, quando me deixa e diz, invariavelmente: Filha, qualquer coisa telefona. Não muda isso, nem o ar sempre aprumado do meu pai a fazer-se de forte, porque um homem não chora. Apenas diz: Boa sorte, filha. Até para a semana.
São coisas que ficam.
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