Diz a ciência que o estado de coma permanente pode ser causado por uma lesão ao nível do sistema reticular activante (SRA), que está localizado numa parte do encéfalo (cérebro) designada de mesencéfalo. É a área central deste e, curiosamente, apenas possui o referido órgão. O estado vegetativo é uma espécie de sono profundo, do qual a pessoa não consegue sair. Contudo, conserva algumas sensações. Ao contrário do que se pensa usualmente esta está consciente, embora não consiga falar, tem percepção do que estamos a dizer. É indescritível o que se sente quando se vê alguém prostrado nestas condições, dependendo inteiramente de uma máquina criada para sustentar um fio de vida. Mas magoa. Magoa porque se somos tão geniais ao ponto de inventar uma maquinaria deste tipo, somos igualmente inábeis para transcender os nossos limites, quando de trata da Vida. Por muito que evoluamos, parece que neste aspecto nunca teremos a palavra final. Somos puramente poeira, de um sítio de que nunca ninguém soube bem o que é, era e será… Dizem que o que não mata cura. Porém, ver uma pessoa nestes términos é tudo menos cura e, se cura, dói mais do que a própria ferida. Sou uma resmungona inata, por coisas banais mas que me dão alento. As minhas lamechices quando comparadas com isto, não são rigorosamente NADA. Mas uma coisa é certa: se cada ser tivesse um contacto para além da sua mesquinha realidade, uma simples dor de barriga seria mais banal do que beber um copo de água. Minhas meninas se partir uma unha é um drama, voltem a ponderar tudo o que vos ensinaram até hoje! |
sexta-feira, março 24, 2006
Manda quem pode. Obedece quem deve
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Acho que tens razão no que escreves em relação ao fim. Na minha opinião o fim não existe, existe sim uma continuação de algo. Mas, sinceramente, por vezes não sei passar para a prática esta teoria.
Postar um comentário