Ora, é certo e sabido que aprecio muitíssimo as crónicas da MRP na Maxmen. A razão é simples. Sabe falar dos homens à luz dos olhos de uma mulher. Esmiuça-os, a eles e ao sexo, de forma vincada e com o toque certo de subtileza, característica típica de quem sabe escrever sobre estas coisinhas.
A crónica deste mês não é excepção. Faz uma analogia perfeita entre o primeiro homem e o primeiro carro. “O meu primeiro carro não andava nada. Mas eu adorava-o porque era meu e porque foi o primeiro. Também somos assim com os homens: o primeiro rapaz de quem gostamos, geralmente também vale pouco, e com o tempo vem a revelar-se um asno, um palerma ou um inútil, mas cristaliza o encanto de ter sido o primeiro.”
Subscreveria ponto por ponto. O primeiro homem surge sempre como um tiro no escuro: assim de repente, nunca se sabe muito bem o que dali vai sair. Normalmente, nunca sai grande coisa. Mas há ali algo que marca, nem que seja o facto de uns anos mais tarde nos assaltarem momentos que hoje parecem completamente descabidos. É tudo tão novo na altura, que até a mais pura imperfeição, parece o auge.
A crónica deste mês não é excepção. Faz uma analogia perfeita entre o primeiro homem e o primeiro carro. “O meu primeiro carro não andava nada. Mas eu adorava-o porque era meu e porque foi o primeiro. Também somos assim com os homens: o primeiro rapaz de quem gostamos, geralmente também vale pouco, e com o tempo vem a revelar-se um asno, um palerma ou um inútil, mas cristaliza o encanto de ter sido o primeiro.”
Subscreveria ponto por ponto. O primeiro homem surge sempre como um tiro no escuro: assim de repente, nunca se sabe muito bem o que dali vai sair. Normalmente, nunca sai grande coisa. Mas há ali algo que marca, nem que seja o facto de uns anos mais tarde nos assaltarem momentos que hoje parecem completamente descabidos. É tudo tão novo na altura, que até a mais pura imperfeição, parece o auge.
Depois, e quando começamos a ter três dedinhos de testa e mil e uma quedas no tapete, uma gaja vai abrindo os olhos. Se não o faz, deveria fazê-lo. Vai surgindo um e outro caso, já sem o encanto do primeiro mas com qualquer coisa a mais à mistura. Nem que seja o juízo e o medo de quebrar a cara, novamente.
Mas estas coisas, acabam sempre por ser como a primeira bebedeira a sério. A ressaca no outro dia é intragável e surgem umas nódoas negras, aqui e ali, que nunca se sabe muito bem de onde vieram. Juramos nunca mais querer beber. Porém, quando já não há vestígios de ressaca e aparece mais uma noite de copos, vem, obrigatoriamente, uma nova ressaca. Acabamos por gostar tanto que queremos repetir e fazer disso um ciclo.
É por tudo isto que não há amor como o primeiro. Assim como não existem duas relações iguais. O que há são pormenores coleccionados.
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