Oitenta e oito anos e um discernimento mental invejável. Um bolo de chocolate. Um cafezinho, porque hojé é dia de festa. Duas velas, apagadas com o fôlego seguro de quem já tem pouco a perder. Um sorriso imenso por ter começado o meu dia a dar-lhe um beijinho. Uma lágrima à mistura, nos olhos azuis mais bonitos que conheço, e pensamentos que só a ela pertencem. Isto e um cabelo que outrora foi preto com contornos lisos. Dois comprimidos, porque o corpo já não é o que era e o coração vai dando sinais de continuar ali, bem devagarinho.
Uma bengala novinha, para ela estrear. Depois disto, disse-me: "Oh filha, quem usa isso são as velhinhas. Mas eu ainda estou aí para as curvas!". Que esteja, por muitos anos.
É isto que vale a pena, sempre. Agora vou dar-lhe banho e meter-lhe a água de colónia que ela gosta. Também merece.
Parabéns avó!
Uma bengala novinha, para ela estrear. Depois disto, disse-me: "Oh filha, quem usa isso são as velhinhas. Mas eu ainda estou aí para as curvas!". Que esteja, por muitos anos.
É isto que vale a pena, sempre. Agora vou dar-lhe banho e meter-lhe a água de colónia que ela gosta. Também merece.
Parabéns avó!
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