Agora que é a época por excelência de fazer fitas de finalistas, e de as receber, há pessoas que me fazem reviver tempos valiosos. Bem, a palavra finalista é um pouco controversa, pois nada está finalizado. Apenas nos finalizamos no dia da morte, às vezes nem isso… No entanto, se uma imagem vale mais do que mil palavras, uma palavra faz reviver mil gestos, olhares, paixões, dissabores, vitórias, enfim um passado, eternamente vivo. Quando leio algumas dissertações de pessoas que me têm acompanhado ao longo destes frutuosos anos, dou comigo a pensar naquilo que foi, é e será de mim. Existe um grande sentido oculto por detrás de cada gesto, de cada expressão e se somos mortais as nossas palavras podem ir muito além daquilo que é biologicamente aceitável. É bom relembrar o quotidiano de outrora, os amiguinhos, os desenhos animados predilectos, que são, afinal, parte de uma vida encaixotada em pequenos momentos tão deliciosos quanto os acanhados triunfos de hoje. Quando me prendo nestas palavras, elas sugam-me para um espaço indefinível, pouco nítido, mas extremamente marcante. Não tenho saudades desses dias, pois isso era admitir que é um ciclo encerrado. Mas, não o considero de todo, porque é verdade que não existe felicidade, mas momentos de felicidade. E esses, sei que me acompanharão sempre, com um carinho indestrutível, porque quando for velhinha, com a bengala atrás, espero que a vida me continue a sorrir, com todos os que me acompanharam na primeira fila de um novo raiar… |
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
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