segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Demagogia carnavalesca

Já dizia o Camões: “mudam-se o tempos, mudam-se as vontades”. Se há uns anos atrás o carnaval tinha aquele gostinho que transcendia em muito um mero disfarce, escolhido a dedo, hoje é um daqueles dias que se misturam entre tantos outros. Hoje, o espírito é outro. Os miúdos de outrora cresceram e abstrairam-se destas trivialidades. Ilusória e ridiculamente, os adultos argumentam que não têm tempo a perder com isso, pois as suas funções restringem-se às das gentes crescidas.
O meu carnaval resumia-se à guerra dos balões e aos piropos acerca de cada disfarce, mas é esse tempo que vai perdurar. Sempre adorei o dartacão, por isso, o carnaval tinha que ter dartacão à mistura. As meninas veneravam a barbie, os seus cabelos, a elegância e a beleza. Mas o que eu realmente gostava era do dartacão e da julieta. A ida à escola nesse dia era uma verdadeira euforia, talvez a maior de todo o ano. A única coisa que aprendíamos era a fazer malandrices mais hábeis… Enfim, belos tempos.
Olho para os amigos de infância e já quase ninguém rejubila com o espírito carnavalesco. A máscara de hoje é a monotonia. Onde estão os miúdos rebeldes? a vitalidade juvenil? Apagada pela frieza dos dias de hoje?!
Afinal, crescer em muitos aspectos, faz de nós pessoas menos felizes, apenas ligadas aos convencionalismos. As mentalidades dos pseudo jovens estão em mísera decadência.
_ O quê ir jogar ao Carnaval?! Vamos mas é jogar PSP!
Assim prosseguimos a passos largos num mundo mutuante, onde a mudança é escassamente sadia.

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Muito do nada... ;)


Di-Rect - Don't Kill Me Tonight
When I’m on the loose
It is you who’s shining through and through again
Whenever the rain comes down, the sun turns gray
When I needed you, you were always there
When it comes to you, really nothing can compare
You feel what I feel, know what I know
Even through the darkest night
You’ll see what I see
There’s a reason to believe in you and me
I would die if you left me
Drowning in sorrow
Baby don’t kill me tonight
Would you hold on to me, girl?
And love me tomorrow
When I’m feeling blue
It is you who’s reaching out for me again
Whenever I need your wings to fly away
You feel what I feel, hear what I hear
Even through the darkest night
You’ll sleep when I sleep
There’s a reason to believe in faith cause
Heaven sent me you
I would die if you left me
Drowning in sorrow
Baby don’t kill me tonight
Would you hold on to me, girl?
And love me tomorrow
Love me tomorrow again
So if you need me, I will be near
Another thousand miles, I will be there
I will hear you, I will see through
Even through the darkness I’ll be true
I would die if you left me
Drowning in sorrow
Baby don’t kill me tonight
And so I wrote you these words down
For you to remember
For you to remember why
I love you

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Mais um entre tantos outros

Entre tantos formalismos habituais, lá veio mais um. Não sei quem é que se lembrou de inventar este dia, de estipular uma data para se materializar emoções. É lógico que toda a gente gosta de receber presentes, especialmente quando estes nos chegam oriundos de pessoas especiais. Porém, os momentos especiais não são especiais por este ou aquele presente, são especiais quando passados ao lado daquela pessoa que nos leva a passear, a comer um gelado lambuzado, nos faz passar tardes inesquecíveis... nos dignifica com um simples “adoro-te”. Enfim, os momentos aprazíveis, são aqueles em que uma mera data não diz nada porque, simplesmente, não é nada nem tão pouco pretexto. É apenas um complemento atónico e indiferente. Os namorados não têm dia, têm momentos e é neles que, o sentido das coisas banais se enaltece tornando-as grandiosas, em que as palavras se tornam uma índole às emoções com efeitos majestosos. A presença carnal só faz sentido quando acompanhada de uma sensibilidade, que não está presente por ser dia catorze de Fevereiro ou outro dia qualquer, mas antes envolta e implícita em ápices mágicos e irrepetíveis. Se cada instante tivesse de ser necessariamente vivido dentro de momentos forçados então não seria um instante, mas antes uma obrigação. O prazer da vida e das coisas está nos instantes, jamais nas obrigações.

sábado, fevereiro 11, 2006


É hoje. Sim, é hoje! Porque as pequenas coisas, são as melhores coisas que se pode esperar da vida. Elas não acontecem, mas surgem num tempo e em circunstâncias inesperadas que nos dão enorme prazer!

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Agora que é a época por excelência de fazer fitas de finalistas, e de as receber, há pessoas que me fazem reviver tempos valiosos. Bem, a palavra finalista é um pouco controversa, pois nada está finalizado. Apenas nos finalizamos no dia da morte, às vezes nem isso… No entanto, se uma imagem vale mais do que mil palavras, uma palavra faz reviver mil gestos, olhares, paixões, dissabores, vitórias, enfim um passado, eternamente vivo.
Quando leio algumas dissertações de pessoas que me têm acompanhado ao longo destes frutuosos anos, dou comigo a pensar naquilo que foi, é e será de mim. Existe um grande sentido oculto por detrás de cada gesto, de cada expressão e se somos mortais as nossas palavras podem ir muito além daquilo que é biologicamente aceitável. É bom relembrar o quotidiano de outrora, os amiguinhos, os desenhos animados predilectos, que são, afinal, parte de uma vida encaixotada em pequenos momentos tão deliciosos quanto os acanhados triunfos de hoje.
Quando me prendo nestas palavras, elas sugam-me para um espaço indefinível, pouco nítido, mas extremamente marcante. Não tenho saudades desses dias, pois isso era admitir que é um ciclo encerrado. Mas, não o considero de todo, porque é verdade que não existe felicidade, mas momentos de felicidade. E esses, sei que me acompanharão sempre, com um carinho indestrutível, porque quando for velhinha, com a bengala atrás, espero que a vida me continue a sorrir, com todos os que me acompanharam na primeira fila de um novo raiar…

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Cêincia em acção

As peripécias do nosso cérebro são alucinantes! É um verdadeiro admirável mundo novo… Vejamos:
Sgeudno um etsduo da Uinvesriadde de Cmabgirde, a oderm das lertas nas pavralas não tem ipmortnância qsuae nnhuema. O que ipmrtoa é que a prmiiera e a útlima lreta etsajem no lcoal cetro.
De rseto, pdoe lre-se tduo sem gardnes difiilcuddaes… Itso jstiufca-se pleo fcato de o nssoo crebéro ler as pavralas cmoo um tdoo e não lreta por lerta.

Comentário: É imrpessointae, qasue inmiagniável, mas pracee que é msemo vreadde! Lê-se prefietmaente bem, não? ;)