domingo, outubro 29, 2006

Muita leita... mas daquela bem azulinha!

Leita. Sim, muita leita! Depois de uma recuperação daquelas em que até os mais crentes levam as mãos à cabeça, veio-me aquele golo de meia leca trazer fel à boca. Até estou com uma aziazita à coisa. Quer dizer, vai uma pessoa ver a segunda parte com aquele espírito de: ou levamos mais meia dúzia ou ainda ganhamos isto, (bem, efectivamente, a probabilidade era a mesma, era sim senhora), para depois vir o primeiro golinho, que soube tão bem, o segundo que soube ainda melhor, que só faltava mesmo era o terceiro que caía que nem ginja. Pois, caía... e se caía. O pior é que a ginja foi bem azulinha. Enfim, o ano passado os "forasteiros", foram lá balançar as malhas duas vezes sem resposta. Este ano, quere-me parecer que até era de mau gosto repetir a proeza.
Na Luz haverá mais e, quiçá, melhor. Mas gostei. Gostei da segunda parte. O Benfica parece estar aí prás redes como o Yohanna Buba pró Beira Mar.Coisas do futebol.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Há dias assim

Vou eu toda lampeira ao meu hi5 aceitar uns comments pendentes e, eis senão quando, acedo à caixa de mensagens privadas e leio isto:
"What's up... I checked out your profile and you seem pretty cool. If you want to see more pics of me and my profile on another site check out my homepage at (...)"
E lá fui eu retribuir a visita. O único senão é que eu gosto de coisas viris. Enfim, fica para a próxima...

segunda-feira, outubro 23, 2006

Há julgamentos assim

Questão: Cai uma ponte, quem levar ao banco dos réus?
Conclusão: Os senhores engenheiros, pois claro.

Bem, a queda da ponte deve ter sido pura obra da lei da gravidade. Coisas da natureza, já que ninguém acaba por ser, oficialmente, culpado. Só é pena o autocarro ter levado as pessoas erradas. Caso contrário, a culpa certamente não teria morrido solteira.
Este país tresanda a podridão.

quinta-feira, outubro 19, 2006

Serás normal?

Se te questionas sobre o teu grau de normalidade, pára e pensa na seguinte questão:
Chumbaste no exame nacional de matemática?
Sim? Então podes dormir descansado(a) sobre a almofadinha porque fazes parte do mais comum dos mortais.

quarta-feira, outubro 18, 2006

O correio da manhã tem umas piadas giras



"Irreverente no modo de ser e de estar, Ana Malhoa, 23 anos, diz-se uma mulher do espectáculo, que canta o amor com sons latinos. A adolescente que conquistou o público de palmo e meio no ‘Buereré’, tornou-se mulher, casou e é mãe. Com 15 álbuns editados, anda agora pelos EUA a promover o seu último disco: ‘Eu’. Tem saudades da Tv e diz que a Sic não a tratou bem. (...) Eu fazia o que a xuxa faz." In Correio da Manhã.
Ora depois de ler estas linhas fiquei com algumas dúvidas.
A primeira delas é que, embora desconhecendo a data deste artigo, deve ter sido escrito no tempo em que para se ser irreverente bastava apenas andar para aí a cantar o a e i o u. Os putos de hoje em dia já não cantam disso, preferem uma cristazinha à maneira. Mesmo à fixe, dizem eles. Sentem-se uns fixes com bué de irreverência.
Outra coisa que também não percebi é que o que é uma mulher do espectáculo. Ou melhor o que é um espectáculo? Será que é pensar que se sabe cantar e bater o recorde do "desafinanço"? Pois, secalhar é isso e eu é que tou completamente ultrapassada. Ah, mas quem canta "o amor com sons latinos" deve ser a próxima estrela a brilhar em Hollywood. Digo eu, digo eu.
Realmente eu lembro-me do "Buereré", lembro-me sim senhor. Mas não pelas cantorias da senhora, mas pelos desenhos animados, claro está. (Ahhhhh só se o termo irreverente vem do Dartacão. Pois, deve ser isso.) Toda a gente quer ser uma adolescente como a Ana Malhoa foi em tempos, para "despois" poder casar e ser mãe. Fogo, que sonho! Hein!
O mais fantástico deve ser ter-se quinze discos editados e ir promovê-los aos EUA. A "terrinha" que passou a albergar todo o tipo de exportações lusas. Maravilha. Às tantas a oitava. Mas pronto, a tal adolescente-mulher diz que tem saudades da Tv e é preciso respeitar as saudades de cada um. Claro, até quando se tem saudades do sítio que não nos tratou bem. A culpa deve ser da xuxa, porque não se pode xuxar qualquer coisinha, sob pena de se provocar uma revolta na tripa. É que esta figura teve tantas, mas tantas saudades da Tv que até foi à parada Sic catorze anos, porque o bom filho à casa torna. Entretanto, como qualquer dita mulher que se preze, até levou uma gibóiazinha no pescocinho, sem esquecer a roupa abrasadora.
Fiquei de facto estupefacta. A pausa!

Frase da semana

"Penso que o nosso grande problema, foi termos sofrido os golos". Fernando Santos.
Pois, caríssimo senhor, se o meu avô não tivesse morrido ainda hoje era vivo...
P.s: Até as derrotas do Benfica são à grande.

domingo, outubro 15, 2006

Modos

Não sei as pessoas olham para mim e pensam: “Bem, e o que é que vamos oferecer à Sara? Um livro pois claro!”. Outra coisa que não sei é se tenho um ar pseudo-intelectual ou, com um bocadinho de boa vontade, intelectual por inteiro. Apenas sei que me costumam oferecer livros. Alguns livros. Antes de os começar a ler, vou sempre à contracapa “ouvir” de sua justiça. Quando o veredicto me parece interessante, começo a ler as primeiras linhas e, por vezes, acabo por as ler até ao fim. Há histórias que devoro em dias consecutivos e outras que deixo hibernar por um tempo incerto.
Confesso que até gosto de ler. Mas não muito. Isto não acontece só com a leitura, pois não gosto de levar as coisas ao extremo nem de as repetir vezes sem conta. Gosto mais de escrever do que ler, é verdade. O motivo é simples. Enquanto leio, vou-me engasgando de uma série de coisas, mas ao escrever desengasgo-me de outras ao mesmo tempo que aprendo a não repetir o mesmo modo de engasgamento. As palavras soltam-se e não as entranho.

Estilo perdoadíssimo...


Mickael Carreira... não é que cante, mas que encanta... lá isso...
Apraz dizer que com uma fisionomia destas, até era pecado se não se perdoasse o pormenor da camisinha.
Que o Senhor te conserve!

sábado, outubro 14, 2006

Precariedades


Toda a gente gosta mais de umas coisas do que de outras. Não é menos verdade que há diferentes níveis de intensidade quando se gosta ou não de alguma coisa. Sem entrar em extremos, às vezes gostamos tanto de uma coisa que, se não a soubermos manter fora de uma certa monotonia, acabamos por quase odiá-la.
Cada um de nós tem milhões de defeitos quer sejam adquiridos no fabrico ou na sociedade, que é de longe perfeita. Mas o pior de tudo são as pessoas de personalidade fraca, tão lamechas que chega a enojar. Pessoas de opostos que estão quase, indiferenciavelmente, a rir ou a chorar. Fracas porque não enfrentam as coisas como elas são, tentam anestesiar-se com paninhos quentes, escondendo-se da realidade. Dá vontade de lhes pregar dois pares de estalos e fazê-las acordar para a vida. Problemas, dissabores, obstáculos, tretas… toda a gente acaba por ter de uma maneira ou de outra. Porém a maneira de agir é que é diferente. Entregar os pontos de mão beijada, a uma vida sem objectivos, metas, sonhos, parece-me impensável. A tristeza é um desperdício de tempo e de vida. Do tempo de vida.
Lava a alma, reconstrói-te, muda e volta a mudar. Muda de vida, de ritmo, de forma de existência. Mas não te desperdices com denguices ridículas porque deve haver sempre alguém pior do que nós. E mesmo que não haja, não faz mal. Interessa, isso sim, não sermos os piores. É preciso acreditar que se é capaz. Como se diz na publicidade: “Se eu não gostar de mim, quem gostará?”

segunda-feira, outubro 09, 2006

Aquele jantar...

Existem jantares e jantares. Noites e noites. Há noites em que os jantares são uma perdição completa. Quando os meus amigos fazem anos, não abdico de lá estar presente. Vou com o intuito de me divertir e dizer baboseiras. Faço-o de forma comedida, porque o álcool é inimigo da sanidade mental de qualquer pessoa e, sendo a festa do aniversariante, alguém tem se manter minimamente sóbrio.
Ora, quando o caso muda de figura e eu sou a aniversariante em noite de jantarada festiva, as coisas passam-se de um modo um pouco diferente. O copo enche e volta a encher, a cabeça começa a ficar tonta, as mãos não acertam com as batatas fritas do prato, o sopro é insuficiente para apagar as velas. Enfim, ao fim de um bocado o êxtase apodera-se de mim. Não sei se isto é uma forma de libertação do próprio inconsciente, daquilo que nunca mas nunca mesmo, ousei sequer pensar quanto mais dizer. As acções sem nexo começam a multiplicar-se e aí sou uma pessoa incapaz de me reconhecer.
No dia seguinte, a sensação é um pouco estranha. E a sua estranheza está precisamente no facto de voltar a ter consciência daquilo que fiz.
Esta minha noite foi diferente. Muito diferente. Diferente por ter sido inédita.
P.s: Obrigada pela paciência de Jó.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Aniversário


Ufa, o dia de hoje foi uma azáfama e ainda bem! Mas ainda cheguei a tempo de vir aqui escrever, afinal hoje estou de parabéns, faço aninhos! Dezoito já lá vão, que venham muitos mais com coisas boas.

Beijinhos para todos. =)

segunda-feira, outubro 02, 2006

Reminiscências

Abri a porta do frigorífico procurando algo consistente que desse resposta ao apelo do meu estômago. Acabei por pegar num pacote de leite com chocolate. Agora que estou mais reconfortada, a minha mente traz-me à baila recordações deste Verão. Não sei por que estou a pensar nisto. Mas a verdade é que estou.
O Verão é, efectivamente, a época por excelência de mais emoções. Não em quantidade mas em intensidade. Há coisas típicas que não se repetem em mais nenhuma estação do ano. Vivi o Verão dos meus dezoito anos. Não é que tenha sido muito diferente dos outros, mas houve algo que mudou. Algo que não sei precisar, apenas sentir. Noites aparentemente tão normais de copos com os amigos, rostos comuns, coisas frágeis e menos frágeis; tudo isto fez parte do meu Verão.
Existem alturas em que pensamos com a cabeça, somos fortes, muito fortes, mais ainda do que julgamos ser. Outras há que o coração é arrebatador, prende-nos a alguma coisa, não necessariamente a uma pessoa. Ficamos presos, não sei muito bem a quê, a quem, nem porquê. Depois tudo passa, vai num sopro, viaja para longe. Julgamos ter encerrado isso num caixote. Porém, talvez não esteja assim tão bem encaixotado ao ponto de ser invadido pelo pó das nossas lembranças. Reminiscências que ficam, pessoas que vão e que voltam. Talvez vão para nunca mais voltar. Não importa o percurso que tenham, o que importa é que na sua rota pararam por perto. Agora o mundo continua a girar e o cérebro encarregar-se-á de completar as coisas que surgem ás metades.