quarta-feira, julho 25, 2007

Em outras andanças....










E é isto. Amanhã. Vou respirar outros ares, pela Costa Vicentina. Excelentes praias. Vistas fabulosas. Creio que serão dias muito bons.
Agora, tenho de ir ali, acabar de preparar a tralha.
Até breve.
Beijos e abraços. =)

terça-feira, julho 24, 2007

(...)

Estavam ambos deleitados com a brisa da madrugada. O dia avizinhava-se quente com era habitual na época. Ela, aninhou-se nele e pediu um cigarro. Fumou-o até à exaustão, enquanto observava o seu reflexo na água da piscina. Deitados na relva, com as mãos dadas, pareciam clandestinos, como se fosse proibido respirarem.
Maria era esguia e já deixava transparecer sequelas dos dois filhos que trouxera ao mundo, em quarenta e dois anos de existência. O mesmo mundo que agora não lhe conhecia paradeiro. Era como se todos se tivessem esquecido que eles existiam. Não falavam, limitavam-se a ouvir a estar ali. Fecharam os olhos e nada mais existia. Quando ela os abriu, tinha passado um tempo que custou a precisar. Puxou Afonso para si, acariciando-lhe o rosto polido e a testa franzida que possuía há trinta e nove anos. Olhou-o nos olhos e perguntou-lhe:
_ Amas-me ou estás habituado a mim?
Ele, que olhava o céu ainda meio atónico com a inesperada abordagem, teceu um sorriso meio ingénuo, como se voltasse a ter treze anos. Olhou-a e proferiu.
_ Amo-te muito para além da libido que despertas em mim. Estamos há quinze anos casados, e nunca, por um segundo, foste meu compêndio. Creio que somos muito mais que uma vida a dois. Não penso em ti apenas quando fazemos amor, nem tão pouco esse amor está manchado pelos anos. Quando uma música passa é de ti que me recordo. Lembraste da primeira música que ouvimos juntos? Da primeira ida ao cinema? Da primeira carícia? Da nossa primeira vez? Dos risos aparentes? Das insónias por tanta coisa?
Lembro-me de tudo, com pormenores que o tempo não apagou porque te tenho a ti. Não sei se isto é amar. Sei que és a parte de mim que não abdico.
_ Será? sorriu Maria.
_ Shhhh, ouve o vento. E vamos juntos.

sábado, julho 21, 2007

Shhhhhhhhhhh!


Tenho andado assim. Às vezes a esquecer-me de respirar, outras a respirar-te. A viver. A suar. A sentir.
Numa quase plena paz, de quando em vez, estilhaçada pelos vidros de uma alma selvagem, deixada ao acaso. Só assim.
Shhhhhhhhhhhhhhhhh! Vou fechar os olhos e aninhar-me. Fugiste?
Eu caí a meio. Levantei-me. E agora sou mais eu. Sou só eu. Estou nua, com a alma despida como jamais. Tenho a pele molhada e a gotejar de tanto desejo de sentir tudo de todas as maneiras, e mais algumas se ainda ali estiverem quando estender a mão.
Onde compraste a alma? A minha já voou. Apanhas-me?

segunda-feira, julho 16, 2007

E esta, hein?

FEDDE LE GRAND
PUT YOUR HANDS UP FOR DETROID
Adoro este video clip. 'Tá castiço. E a música dá-me pica.

Finalmente!



Fééééééééééééérias

Fééééééééééééééérias

Fééééééééééééérias!!!

[Com a vida em extremo stand by, mas de férias. E é assim.]

domingo, julho 15, 2007

Há coisas que não se explicam

Jorge Palma - Encosta-te a Mim
Não sei porquê, mas a verdade é que esta música mexe comigo. Apesar de não ser fã do Jorge Palma, gosto desta. Gosto sim.

sábado, julho 14, 2007

Sete do sete de dois mil e sete



Sete do sete de dois mil e sete. Um pouco mais que um mero dia. Um dia cheio de emoções. Foram eleitas as novas sete maravilhas mundanas, e Portugal esteve sob olhares atentos dos quatro cantos do mundo. Cerimónia estrondosa, depois de se terem juntado os votos.
De facto, gostei de ver. E, apesar de não ser fã da tvi, devo dizer que está de parabéns pela cerimónia, pela festividade, pelos símbolos. Enfim, pela obra.
Com uma pena que quase que me pesa mais do que alma, não estive presente. Mas assisti com franco agrado.
Alguns dos monumentos mundiais em que votei, lá estavam, no topo da lista. Outros, surpreendentemente, também. Mas o povo é quem mais ordena. Relativamente às sete maravilhas deste nosso Portugalinho, fiquei um pouco apreensiva porque considero que o Convento de Cristo, em Tomar, seria um justo vencedor. Porém, só não o foi porque de facto não está, nem de longe nem de perto, tão divulgado como outros monumentos. E quem vota, fá-lo pela fama, prestígio e difusão da obra. E, nesse aspecto, ainda existe um longo caminho a percorrer. Contudo, todas as obras têm o seu encanto e importância e não duvido que todas as vencedoras foram um marco importante na construção do nosso povo, das nossas gentes.
Em jeito de alinhavo, queria só deixar uma nota aos artistas que passaram pelo fabuloso estádio da Luz, que estiveram altivos como urgia numa cerimónia deste carisma. À excepção daquela senhora pardacenta que assassinou os meus tímpanos e aquela fabulosa música.
Mas bem, quanto a isso, são vidas.
Como não há bela sem senão, por momentos até duvidei que estivesse em Portugal. É que parece que em Portugal se fala português, não sei bem. Mas parece que sim. Contudo, só de forma muito residual se iam soltando umas palavrinhas à zé-povinho. Ora, isto é deselegante e ofensivo para a cultura portuguesa. Quem não sabe português faça favor de aprender. É que quando vão a Israel, se calhar também não falam Chinês. Ou se falam, correm o sério risco de lhe virarem as costas. Cada cultura com os seus costumes, e há que saber respeitá-los. As legendas deveriam ter sido feitas para os outros povos que eram espectadores e que não estavam "em casa". É que assim até dá a ideia que os portugueses é que estavam em casa alheia, num país desconhecido que se comunica por meio de uma língua de todo estranha. Que maravilha, realmente!

P.s: Não foi por mero acaso que uma cerimónia destas ocorreu no estádio da Luz. Nos grandes momentos, exigem-se grandes locais.

quarta-feira, julho 11, 2007

Quando for grande também quero falar assim, com a boquinha cheia!


Há coisas que me dão um um certo pavor. É comum os adolescentes e gente mais crescidinha, exprimirem de boca cheia que ah e tal, eu amo este(a) e aquele(a).
“Ah Maria és tão gira, gosto tanto de ti!” “Joana amo-te, és tudo para mim!” “Afonso, nunca te esquecerei. Tens o meu amor para sempre!”
Epah, mas o que é isto?! Amar é tão vão na mente destas gentes?! Efectivamente não consigo perceber. Sou uma adolescente em fim de carreira, que nunca teve grandes pancadas para lamechices e outras coisas mais. Isso dá-me alergia. Mas, convenhamos, fazer promessas destas, amar e “desamar” no dia a seguir é de uma falta de gosto inconcebível para mim.
Não percebo estas mentes, que pedem muito pouco das coisas, da vida. Das relações, de tudo. Mas se calhar sou eu que peço em demasia, ou que meto excessivamente de mim naquilo que faço. Não sei. O que sei é que não solto sentimentos destes que são flácidos e destituídos, para parecer bonita só porque os outros lêem/vêem e sugerem coisas profundas.

Tenham dó, que eu vou só ali ver se respiro um bocadinho.

Até já.

Momentos de vida.



U2-With or Without you
Há músicas que oiço. Volto a ouvir. E ainda meto no replay.
Esta é, sem dúvida, uma delas.

segunda-feira, julho 09, 2007

Festa dos tabuleiros





Este fim-de-semana foi assim por esta cidade. Depois de quatro anos, houve, novamente, festa dos tabuleiros em Tomar. Uma tradição que dura há séculos em honra do Espírito Santo, e que conserva alguma margem de originalidade desde os seus primórdios. Eu estive lá, a participar como gente crescida pela primeira vez.
Sensivelmente meio milhão de pessoas de olhos postos em seiscentos e poucos tabuleiros. É muita gente mesmo, numa cidade que esteve a rebentar pelas costuras. (À saída estive literalmente em hora de ponta. Se me metesse a pé, chegaria primeiro que o carro a casa. Ou quase.)
Valeu a originalidade dos espectadores que arranjaram os sítios mais inesperados para se albergarem. Bem-haja!
Algumas caras conhecidas outras nem tanto. Resistência até ao último passo com o tabuleiro na cabeça, como aliás, urgia. Ruas enfeitadas de fio a pavio. Vento com fartura. Muito sol. Aplausos e gritos de ordem incentivadores. Presenças ilustres e muita festarola. Efectivamente, nunca ninguém esteve tantas horas à minha espera... =)
Foi giro. A repetir, quiçá, numa próxima vez.

sexta-feira, julho 06, 2007

Três dedos de prosa


Hoje estou azul, amarela, vermelha, preta. Enfim, multicolor.

Ando a digerir esta tamanha azia.
...Fdx!...

Há dias assim, azedos. Dias não. Situações.

E era só.

quarta-feira, julho 04, 2007

Pequeno grande pormenor


O Verão é p'ra quando? É que isto não lembra ao diabo.

domingo, julho 01, 2007

Citando

"A piada de uma relação está em ser-se fiel, o resto toda a gente consegue."

Gosto particularmente desta citação. Gosto sim senhor.