segunda-feira, março 31, 2008

Pequenos prazeres...



A minha bicicleta é parecida com esta. Mais coisa menos coisa, e dá-me um gozo extremo andar nela.

Faço-o com todo o gosto. É uma verdadeira terapia, quando não fico aplanada no chão. Mas isso são pormenores. Meros pormenores, diga-se.

Não é 6ºf, mas....



The cure: "Friday, I'm in love"

É que hoje estou numa de... remember!

sábado, março 29, 2008

Mariquices da treta, banalidades de palavras vãs. Que coisa chata, que nada! Das coisas leves, dessas, só o azedume pesa.
Gostar não pode ser um telegrama feito para poupar palavras. Não pode ser uma manifestação pública para se mostrar o que não há a mostrar. Para se exigir. Para proclamar. Porque, afinal de contas, o que fica de tudo são os momentos que não foram partilhados com o mundo das gentes. Às vezes, as ervas são melhores. Só porque não têm boca, nem falam.
Fica o silêncio, fica a saudade. E, essa, procria silenciosamente. Deixa três palmos de raízes, que não desaparecem num sopro. Nem sequer a cada Primavera, se é que a ouvem chegar.
"No fundo o que é um maluco? É qualquer coisa de diferente, um marginal, uma pessoa que não produz imediatamente. Há muitas formas de a sociedade lidar com estes marginais. Ou é engoli-los, transformá-los em artistas, em profetas, em arautos de uma nova civilização, ou então vomitá-los em hospitais psiquiátricos."


António Lobo Antunes.

sexta-feira, março 28, 2008

Porque os cães também morrem...



Dava-se pelo nome de Farrusco. Era grande, branco e um amor de cão. Tinha uns quize aninhos, ou mais perto dos vinte. Não sei precisar. Morreu esta manhã de velhice, essa crónica espécie de coisa, que o tempo não renuncia. Coisa ingrata, isto da vida.
Andava cá por casa desde os primórdios da minha lembrança como pessoa. Na escola primária, servia de pretexto para eu, no auge da minha inocência, afugentar os putos metidos a estrela. E hoje, puff, lá se foi. Mas morreu com liberdade, tanta que caiu e não mais se levantou.
Voltei a ter uns tramados sete anos.

quinta-feira, março 27, 2008

Noite de putos crescidos, ou nem tanto.

Esta coisa de numa bela tarde de sol, ir assistir a aulas universitárias, tem a alguma pinta.
Ora, a coisa começou com matemática. Mas como é algo mais avançado, já toma o nome de análise II. Muito à frente, diga-se. E eu, parecendo gente crescida, até passei uns integrais, (matéria de meninos da faculdade), do quadro. A sala era grande, e igualmente meritórias poderiam ser as vistas. Poder até podiam, mas no meio de tanta gente só estava um rapazito a fazer as vezes de macho. Ou se calhar até não. Bom, isso são pormenores.
Depois da aula, e com o estômago a exigir alimento, lá fomos nós ao bar. Relativamente bem frequentado, é verdade. Os meus olhos de lince focaram um tal casaco azul que contrastava com a t-shirt amarela a que estava sobreposto. Sim, primeiro as cores, depois o todo. Era um moço bem apessoado, com um metro e setenta e piques e, efectivamente, esbelto. Mas como a seguir havia outra aula, alguns aspectos ficaram por estudar. Quem sabe da próxima vez, se ele ainda por lá vaguear.
Na aula que se sucedeu, isto melhorou. Mais e melhor gente, que é como quem diz, meninos, moçoilos, gajos. A qualidade não era necessariamente boa, o que havia era mais oferta. E toda a gente sabe que, quando a oferta aumenta, a procura tende a aumentar também. Naquela sala explicava-se o conceito de economia da saúde e davam-se exemplos práticos. É verdade que sim. Porém, as pessoas que lá estavam só não dormiam, porque as cadeiras, de facto, não se proporcionam à medula daquelas gentes, que é esquisita como tudo. Era noite quando a aula acabou.
Eu, infiltrada como sempre, lá fui arrastada para o jantar do dito curso. Apetitoso, por sinal. O problema é que o vinho também o era, tal como os cânticos que entoavam aquelas paredes. Bota abaixo…e tal e tal. Mas eu, que sou uma senhora que não gosta de muitas festinhas do álcool no cérebro, lá emborquei ice tea. À parte de mais duas amigas, no final do jantar houve muito boa gente que evacuou, assim como que à pressa. Como se não houvesse amanhã. Outros viam a dobrar ou a triplicar, a avaliar pelos gestos.
Seguiu-se o dito rally das tascas, com direito a paragem por todo e qualquer local que fizesse lembrar um bar. Quando não havia mais nenhum para percorrer, estavam meia dúzia a dançar e os outros a dormir em tudo o que era canto ou cama, depende da perspectiva. Coisas de gente… crescida, (ou não!).

terça-feira, março 25, 2008

E o papel? Qual papel?! _ versão Coimbra

Ontem andei a bater pé por Coimbra. Aparentemente, coisa normalíssima. E assim continuaria a ser, caso tratar de papelada para a universidade, que esta boa gente se designou chamar de pré-requisitos, não requeresse uma paciência de jó, interminável.
A coisa conta-se em algumas linhas. Ora, a alvorada foi às sete da manhã. Depois de muita insistência da minha mãe, lá me levantei. A mesma insistência, aliás, com que estive à espera do comboio depois de meia horinha atrasado. Coisa pouca, portanto. A sorte é que a companhia era boa, senão…Bom, adiante.
Chegada lá, e subindo aquelas ruelas todas até o fôlego começar a deixar de dar sinais vitais, lá cheguei ao cume. E rumo à dita faculdade, pedi informações dos pré-requisitos B. Ah e tal, tem que se deslocar à casa da moeda para adquirir o dito documento. Depois de uma explicação cuidada, voltei a descer o que antes tinha subido e por meio de esquinas, muitos passos, vistas, de quando em vez entusiasmantes; lá cheguei ao dito local. Fui atendida por um senhor, moço bem catita, devo dizê-lo, mas com um espasmo na cara, como se eu fosse chinesa e lhe tentasse ensinar a língua. Hã?! Modelo 1745?! Mas aqui não comercializamos nada disso. Tem de ir à secundária não sei das quantas.
Meia pirueta e saí. Para descobrir onde era a dita escola é que não foi pêra doce. Apanha o autocarro tal, vira ali, segue em frente, semáforos e bla bla bla. Está-se mesmo a ver que depois desta explicação muitíssimo útil, tive de fazer um inquérito feita tolinha na rua. O azar da coisa, é que não me apareceu nenhum jovem simpático na casa dos vinte para ser inquirido. À mão, o que havia, era uma senhora cujo sotaque não engana ninguém. Era oriunda lá do Brasil, ou de algum país por eles colonizado. Tive sorte, que a tipa até sabia onde era a escola. Depois da maratona para o outro lado da cidade, lá se avistou o edifício amarelinho e com degraus mais lambidos e desgastos que os saltos da maioria das quarentonas. Mas como é bom levar com o nariz na porta, a secretaria estava fechadíssima para almoço.
A parte boa disto, que deve ser mesmo a única, é que o edifício amarelinho é vizinho do Dolce Vita de Coimbra, e, como está mais do que visto, fui para lá alçar a perninha. Depois do belo almocinho, lá estive, com a amiga, a aprimorar o olhar pela zona. Coisa de gajas, diga-se. Para primeira vez que lá fui, deixou muito boa impressão e tenciono voltar. Na próxima, tenho é de ir ao fim-de-semana, para fazer uma digna lavagem das vistas.
Eram duas e meia e lá estava eu na secretaria do edifíciozinho dos degraus lambidos, outra vez. Ah e tal, por causa dos pré-requisitos.
- Mas quais pré-requisitos?!!! Nós aqui não tratamos de nada.
Eu juro, juro mesmo, que o meu miocárdio já dava sinais de desfalecimento depois de tanta indecência. A senhora depois de consultar os decretos que lá preenchiam um dossier, encaminhou-me para a dita DREC. Diga-se que era do outro lado da estrada, senão desconfio, seriamente, que já não estava cá para contar a história.
Na DREC, depois da personagem sebenta, peluda e asquerosa, responsável pelo departamento que me interessava, ter chegado a horas indecentes só me soube dizer: AH, o ano passsado é que tratámos disso, agora já não é aqui. Apeteceu-me mandar um murro na mesa e pôr os pontos nos i’s depois daquela palhaçada toda. Mas como não sou de perder as estribeiras, lá arranquei o número da DGES.
Concluindo, a dita declaração que me fez perder aquelas horas todas, e fazer papel de otária, nem sequer é precisa! Sim, apenas é necessário uma autodeclaração no momento da matrícula na universidade pretendida, feita pelo próprio aluno. Tanta treta para depois dar nisto. Pelo amor da santa! Oh criaturas, já ouviram falar em actualizar um site?! HMMM!!!
Estas miseráveis personagens, já iam levar num sítio começado por C e acabado em U, sim? Dass pá!

sábado, março 22, 2008

Leituras



Para a ler. Aliás, a ler!

sexta-feira, março 21, 2008

=)



P.s: Dizem que é Primavera,né?

Bodegas

Ponto um: tou de férias mas não acontece nada de extraordinário. (carago, pá!)
Ponto dois: está um óptimo dia de sol na rua e eu aqui enfadada de frente ao pc.
Ponto três: as amêndoas acentuam o maior dos meus pecados: a gula.
By the way, cá estamos!

segunda-feira, março 17, 2008

Publicidades com selo branco




Há companhias assim.


Daqui

Hummm!



Hoje apetece-me disto. Muitos e aos molhos. Com ou sem molho. O que eu queria mesmo era...morangos!

sábado, março 15, 2008

Setenta velas!



Setenta anos. Um a um, exprimidos como gotas no somatório que o meu pai contabilizou no passado dia doze. Contou-os a eles e às coisas que amontoou. Capítulos de uma vida por compreender; sorrisos por referir; arrufos. E muita, muita nostalgia. Só não apagou setenta velas, com medo de cair no ridículo que as crianças experimentam. Foi assim.
Agora tudo corre mais devagar. Os anos são sinónimos de dias. Cada um é um pedaço de uma vida que parece começar a correr em contra relógio. É a lei natural das coisas, ser-lhe eu a vislumbrar as rugas, e não o inverso. Ser-lhe eu a ajudar nas coisas modernas. Ser-lhe eu a apaziguar os olhos cansados. Ser-lhe eu, só por si. É um facto que é assim que a vida se mostra, e aos factos ninguém lhes retira menção. Os filhos são rebentos que a velhice faz de bengala, mimos de gente crescida.
Somam-se mais que setenta anos, junta-se também uma vida de memórias que escapam entre os dedos, como se a sua leveza as tornasse imperceptíveis. Coisas só dele, que se retratam nas duas gerações de filhos a quem mostrou diferentes coisas, as mais banais ou nem tanto, a quem ensinou a viver de maneiras tão diferentes como cada dia de uma existência; e a quem viu crescer com uma infinidade de olhares, para agora poder ouvir:
Parabéns pai ou parabéns avô! Muda o título, mas os olhos são os mesmos. A alma é a mesma. O todo torna-se unidade.

....




Há quem tenha as cores todas e prefira só uma: o preto. A resultante de três cores primárias, que ao juntarem a sua vivacidade, escureceram. O preto mancha o papel e deixa a alma parda. Arrefece as mãos, suga o sangue e qualquer coisa de ínfimo que há cá dentro. O que a aquece é o azul de um dia solarengo, o verde da erva, o amarelo dos malmequeres.
Aqueces-me tu e a alma que tens de uma maneira que julgas ser incansável.
O sorriso das coisas banais, esse, nunca arrefece porque o frio não lhe rasga a pele nem as entranhas. Não lhe deixa frieiras, apenas se fica pelo tacto, o mesmo com que me acalentas.
Ser-se é assim, sonhar é mais que isso. Depois dizes-me adeus e eu volto a encontrar nas cores, o calor dos dias quentes.

domingo, março 09, 2008

=)

O dia da mulher.
Amigas.
Um jantar.
Um bar.
Uma noite...enfim, muitíssimo agradável.

Venham mais!

sábado, março 01, 2008

Assim

Hoje, por estes lados, está-se oficialmente de primeira ressaca a sério (pois, pudera!) e, portanto, vou fazer ali um óó que a coisa deve passar.
Um shot...
Dois shots....
Três shots....
Quatro shots....
Cinco shots....

E...vamos embora que já é Primavera no meu cérebro!:S