domingo, abril 30, 2006

Menu rotineiro

O cérebro masculino é algo que ainda está nos preliminares.
Os espécimes do sexo oposto, conjecturam-se constantemente acerca de perguntas como: Por que é que as mulheres vão sempre juntas ao W.C… Por que trocam a tasca por uma tarde de compras… Por que teimam em perder uns quilinhos… por que preferem uma ida ao cinema do que uma churrascada etc… etc…
Enfim. Perante tanta falta de perspicácia, as mulheres já se vão habituando às usuais birras. Isto funciona tudo um pouco como a matemática, sem bases não se chega ao topo. É isso que lhes falta: bases. Confundem um claro “não” com o que eles chamam de “fazer-se de difícil”. Meus amigos, até posso compreender que, pronto, não conseguiam alcançar certos ardis do sexo feminino, agora não distinguirem esta diferença, parece-me tão impensável como eu chegar a uma ervanária e me comunicarem: “ Desculpe, mas não temos lecitina de soja”. Quer dizer, não passa pela cabeça de ninguém!
Além disto, nunca lhes pode faltar uma cervejola acompanhada de uns tremoços enquanto assistem a um derby; o desfolhar a Maxmen que representa um verdadeiro elixir; a testosterona que não perdoa quando de uma saia se trata… Enfim, parece que a parte animalesca lhes é literalmente irrefreável. Possivelmente muito por culpa das hormonas, mas também da falta de auto controlo. E, nisso, assemelham-se ao comum dos animais.Gostam muito de teorizar acerca da psicologia feminina, mas o que realmente lhes interessa é o alimento para os olhos…
Já os ouvi confessar que almejavam ter uma espécie de licenciatura em mulheres. Bem quanto a isso, mesmo que conseguissem um diploma, seria tão irrisório que nem se atreveriam a usar a teoria. Sim, porque com as mulheres não há teoria, mas antes a realidade própria de cada uma. E, por favor, nunca a generalizem. Caso contrário, a falácia não passará impune.Em jeito de remate, não tentem perceber por que é que as mulheres fazem determinadas coisas que escapam à explicação masculina. Isto por uma simples razão: nunca chegarão a uma conclusão convincente, pois a psicologia feminina vs masculina é como a água e o azeite, respectivamente, nunca se misturam mas completam-se quando usados em doses certas… O mundo sem água seria inóspito e sem azeite pouco frutuoso.
P.S.: As mulheres vão juntas ao W.C, não para cobiçar um ou outro material. Fazem-no apenas por questões fisiológicas imperiosas.

sábado, abril 29, 2006

Cuidadinho...


Se se prestar atenção, de um olá vem um abraço… de um abraço vêm dois beijos… de dois beijos vem um linguado… de um linguado vem um marmelanço… de um marmelanço vem sexo… Agora vê lá a quem dizes olá... ;)
Portanto, meninas façam reset dessa palavra da mente dos vossos vassalos, porque as hormonas não costumam perdoar… Lol

terça-feira, abril 25, 2006

O vermelho de amanhã


Hoje não me apetece escrever muito, mas quero dizer aquilo que habitualmente não digo.

Longe daquela manhã de 25 de Abril de 1974 vivo eu hoje. Todos os dias, à minha maneira, também eu tenho uma réplica dessa data. Com ou sem cravos, com lágrima ou sorriso, com esperança ou pessimismo... também eu vou arquitectando a revolta de amanhã. Importa preservar o espírito, não o mero dia pardacento… 25 de Abril. Hoje e sempre!

sábado, abril 22, 2006

Nota negativa


Este país é uma perfeita orgia! O estado é o primeiro a exigir uma boa conduta, mas também é o primeiro a erradicá-la. Vivemos num regime de duas faces: a conveniente e hipócrita, e a verídica.
A menos de dois meses dos exames nacionais do 12º ano, parece-me impensável não ter sido apresentada uma prova modelo às diferentes disciplinas. Senão vejamos, nós estudantes somos duplamente prejudicados. Por um lado, servimos de meras cobaias, num programa novo que ninguém sabe muito bem no que vai dar. Como se isso não bastasse, as típicas provas modelo, foram substituídas por algo que, supostamente, são questões tipo. Bem, só estou para ver se o “tipo” vai parecer-se com o exame.
Este ano, tem sido um perfeito caos. Os exames são uma espécie de fantasma, surgem e ressurgem subitamente. Veja-se o caso de Português B, que até há bem pouco tempo, nem os professores sabiam se realmente o exame seria uma realidade. Além disso, apenas poderiam supor acerca do seu conteúdo, através das risíveis provas modelo. Em acréscimo, levanta-se o pormenor idiota do peso considerável da gramática. Sim, é da pura gramática que os alunos vão precisar para enfrentar um curso superior. Saber de fio a pavio, as classes gramaticais e afins, parece-me de uma utilidade imprescindível, sem réstia de dúvida.
Depois do terrível erro, tentam redimir-se com provas intermédias de matemática e de química. Esquecem-se é que, quer queiramos quer não, vamos ter de prestar contas a cinco disciplinas. Assim sendo, não é concebível irmos com apenas hipotéticas questões tipo para o exame, para no final se assistir às típicas declarações de descalabro nas provas. Por que será?
Mais um caso lamentável, mas “manda quem pode, obedece quem deve”. Quer dizer, mandar mandam muitos, mas governar, governam muito poucos. E isto é tudo menos governar.


quarta-feira, abril 19, 2006

Motivo indelével


Há uns tempos disseram-me: “Tu és diferente, não me perguntes porquê mas és…”. Na altura não soube o que dizer, se calhar até soube mas preferi remeter qualquer juízo para a clandestinidade do meu pensamento, porque esse sim é o meu lugar diferente. Não sei porque sou diferente. A razão é simples, não sei porque não o sou. Se ser diferente é ter a ingenuidade de numa situação ambígua, apenas me restringir a um sorriso elucidativo de muita coisa, menos do tufão que entretanto remoinha num espaço inacessível a qualquer intruso, então considero-me diferente da diferença. Haverá algo mais a litigar quando uma cumplicidade estranhamente obsequiosa se entrelaça em algo sem matéria, cujo mutismo parece ser capaz de transpor limites esguios e trémulos? Será que o que foi, fará parte de um futuro fugaz mas anelado? Talvez o futuro seja aqui e agora aquilo que não poderá voltar a ser, ainda que nunca o tenha sido.
P.s: Não sei porque me assombrou esta prelecção, nem sei se alguma vez será imbuída pelo ser que fomentou a sua concepção. Porém, tinha de dizê-lo pois se o mastigasse perderia o encanto.

segunda-feira, abril 17, 2006

Voltei. Apesar de já ter regressado há uns dias, problemas técnicos na rede impediram-me de postar mais cedo. Vamos ao que interessa.
A semana em Lloret foi das melhores da minha vida, disso não tenho dúvidas. Aconteceram inúmeras coisas, cada uma melhor que a outra. Foi uma semana repleta de surpresas boas, em que tudo era paradoxalmente tão igual e tão diferente: as moches, os piropos, as picardias, a noite, a praia, as pessoas, os crepes, as directas, (quando voltei estive onze horas e trinta minutos a dormir, e quando acordei já tinha desaprendido a andar…). Posso ter muitas viagens, posso até lá voltar mas cada momento foi especial e irrepetível. Nem o pseudo hotel em que ficámos pode inibir a euforia. Perdão, aquilo era tudo menos um hotel. Deverei eu intitular de pensão? Não, acho que nem isso. Enfim, não tem denominação possível. Até o autoclismo era algo da idade da pedra, a essência do rudimentar. No entanto, os melhores momentos não passaram pelo hotel, pelo menos alguns. De cada noite há algo para recordar, nem que seja pelas longas horas de risota sem motivo aparente, mas que acabam por enaltecer o ego. De frisar, ao contrário do que muitas mentes já estão a imaginar, sem álcool à mistura. Esse, veio depois. Afinal parece que vodka com red bull, é mesmo uma mistura arrebatadora. Então com tequila… A sério, não se metam nisso! lol
Que saudades de tudo e de todos, até daqueles marroquinos cujo teor de podridão é proporcional à intragável figura. (quer dizer, desses não restam propriamente saudades…).
Quanto à teoria de que os espanhóis têm um fenótipo apetecível tenho a dizer que é uma profunda fraude. Além do mais, o seu humor é um tanto ou quanto… retorcido. Pronto, lá terá de entrar a raça ariana para salvar a nação!
Além de tudo isto, às vezes acontecem coisas que transcendem qualquer expectativa. Contudo, são essas coisas que fazem toda a diferença. São situações inesperadas, mas que deixam saudades de um tempo e de um espaço que fica muito para além de uma mera viagem.
Como isto já parece um testamento e como ainda não tenciono morrer, fica o último dito: já passou, mas ficou.
P.s: Voltar amanhã à rotina até vai doer…