quarta-feira, maio 31, 2006

Abençoada frutose!


Hum… que saudades que eu tinha destes desígnios da natureza. Não, não estou a falar de outros propósitos igualmente louváveis. Refiro-me, simplesmente, a frutas.
Finalmente chegaram as frutas da época. E aqui entre nós, que ninguém nos ouve, se há coisa que me dá um gozo tremendo é subir acima da cerejeira e comer até que o meu estômago ordene que pare, enquanto vou dando asas à minha imaginação… Ok, confesso que depois a dor de barriga não é propriamente agradável, mas nada que o organismo não resolva. É daquelas coisas que faço com todo o prazer. Mais do que qualquer miligrama de frutose que as cerejas encerrem, o melhor de tudo é aquele gosto inconfundível… Sim, se pudesse ser um fruto escolheria a cereja para encarnar. Lol! Mas na falta daquele ADN resta-me ir adocicando a boca.

terça-feira, maio 30, 2006

Participação lusa no Sub-21 sinónimo de fiasco?


Fiasco. Eis o adjectivo com que tão prontamente se definiu a participação da equipa nacional de Sub-21 no europeu deste ano. Efectivamente, e por mais vontade que se tenha de negar as evidências o desempenho luso deixou muito a desejar. O que falhou é a pergunta que a muitos assombra. Nesta matéria, não há uma causa única, mas antes um conjunto de factores. Podemos enunciar a falta de maturidade, mas a meu ver não vamos por aí, pois a imaturidade por si só não é justificativa para o claro falhanço. Além do mais, esta está apenas camuflada naquilo a que chamo de falta de garra… de frescura… de vontade de fazer história… de suar a camisola… Enfim, faltou sobretudo espírito.
Perante uma tão promissora equipa, havia que fazer bem melhor do que as provas mostradas. No fundo, penso que ninguém estava muito crente de que se pudesse chegar à final tendo por adversárias equipas como a tão falada Alemanha ou a surpreendente França mas, pensava eu, que a passagem desta fase inicial era um dado adquirido. Afinal, enganei-me redondamente.
Em suma, quem não faz por ganhar as competições em que entra, então também não seria um justo vencedor. È verdade que a justeza em futebol é muito relativa, porque um golo no último minuto de desconto pode decidir muita coisa e ser um errado retrato de noventa minutos. Posto isto, resta então esperar para que a próxima participação seja mais produtiva.

segunda-feira, maio 29, 2006

Tempo

O relógio diz que são 16:53 e estando eu na aula a divagar, resolvi passar por aqui. Ahhh já agora a propósito do brilharete, afinal até não me saí nada mal, ou pelo menos gostei da experiência. É bom receber aplausos, que acabam por de uma forma ou outra fazer-nos sentir bem, e apesar de às vezes se dizem o contrário, não é bem assim... Enfim, isso já passou. Agora há que pensar em outras coisas, muitas é verdade, ou então simplesmente no carpe diem...
Hoje, fiz teste a português. Efectivamente se todos os meus problemas passassem por aí, a vida era um perfeito paraíso, e não é que não o seja mas por outros motivos. Fiquei com o pulso aberto, ainda me dói e já foi há umas horitas...
O meu dia foi mais uma rotina daquelas que são agradáveis com muito calor à mistura mas com uma dose extra de boa disposição como aliás importa que se tenha sempre... ;)

domingo, maio 28, 2006


Hoje, o papel inverteu-se. Não escrevo este post inspirada, mas esperando inspirar-me. Estávamos lá mais de um cento, porém não sei como nem porquê, a alteza mor incutiu-me de esboçar meia dúzia de linhas, para amanhã aquela gente toda de olhos postos nas minhas palavras, esperar que faça um brilharete. Com toda a sinceridade, não sei se vai sair algo que se pareça com um brilharete, afinal as horas já vão adiantadas e o meu corpo clama pela clemência dos lençóis. Hoje as palavras estão encravadas, não saem com a fluidez de outros dias, mas quando se têm uma tarefa destas é proibido falhar. Por isso, vou meter mãos à obra e amanhã, (ou melhor daqui a bocado), logo se verá se me congratularam com aplausos ou assobios.

terça-feira, maio 23, 2006

Roubar é pecado?

Acusaram-te de roubo por teres rapinado uma cereja a caminho de casa, ou por não teres devolvido a caneta que pediste emprestada?
Epah, esquece lá isso! É que o roubo mudou de definição. Agora roubar não é o facto de te apoderares de algo que não te pertence. O roubo à maneira moderna é cobrar cinco euros por um diploma, teoricamente comprovativo, de qualquer coisinha (não posso dizer do quê, se não sou já conjurada!).
Meus senhores, se querem dinheiro para a gasolina que gastaram na deslocação, pronto, digam-no. Agora que o diploma custa cinco euros?! E confessarem-se não???

sábado, maio 20, 2006

Pimba & Pimba LDa

A musica pimba, independentemente do que se diga, é um daqueles fenómenos que a ninguém passa indiferente. Sim, definitivamente não é o meu ideal de música. Mas, a verdade é que embora em tom de gozo, toda a gente acaba por ficar com a música no ouvido. Quem não se lembra do “Nós pimba”… “A garagem da vizinha”… “Afinal havia outra”… e muitas mais.
É curioso, dizemos mal das coisas pirosas e “com muita essência”, mas depois são essas mesmas coisas que acabam por ser o assunto de cada dia. Isto acontece um pouco com tudo. Somos mesmo seres estranhos, ou paradoxalmente interessantes, ou então chamemos-lhe apenas ironia. É à vontade do freguês.

quinta-feira, maio 18, 2006

Diga não ao tampão... use o algodão!

Não! Efectivamente, desenganem-se as mentes que tomaram o título deste post como um slogan publicitário da Ajax ou afins. Bem, até tinha piada e era capaz de render uns trocos. Contudo, os factos são outros!
A verdade é que minha escola é uma verdadeira surpresa a cada dia. Hoje aconteceu uma daquelas coisas que nunca mais vou esquecer, nem que seja pela situação hilariante.
Que ultimamente conseguir fazer um teste, com o mínimo de concentração, acompanhado por aquele barulho infernal das obras de alargamento da dita biblioteca da escola, é um verdadeiro dilema, já todos nós alunos o sabemos. Mas o que muitos não sabem, ou poucos saberão, é que hoje tive de fazer teste com um pseudo tampão nos ouvidos. (E foi se quis, caso contrário que me aguentasse com a azáfama. Afinal tempo é dinheiro!). Digo pseudo porque o dito tampão era aquilo que sempre me ensinaram a chamar de algodão. Sim, daquele que quando eu era miúda a minha mãe costumava embeber numa substância anestesiante e pôr-me nas feridas, além de me dar um chupa-chupa para não gritar mais. Pois então, qualquer pessoa que se preze faz teste com tampão nos ouvidos. Até parecia mal se assim não fosse. Enfim, só mesmo na minha escola! Mas como alguém diria: “Muita sorte temos nós em termos algodão aqui à mão”. Okay senhor professor, agradecidíssima pela generosidade de se ter lembrado dos seus alunos, fazer um teste seu sobre calhaus, é sempre um enorme incentivo às minhas sinapses! Disponha sempre...
Moral da história: o algodão é mesmo mirabolante… Vou dedicar-me ao seu cultivo, afinal dá sempre jeito levar um belo pedaço na algibeira… ;)

terça-feira, maio 09, 2006

Vida

O meu Deus não é pagão. Não é um Deus consagrado ao que quer que seja. Ou talvez não. Talvez seja consagrado a mim, visto que é uma concepção minha. Afinal de onde veio o universo… o ar que respiro… a simples rosa do meu jardim. Será que de uma “mente” brilhante, ou de um mero processo evolutivo. Se assim foi, de onde é que tudo começou? Do nada? Então ao nada tornará, ou simplesmente continuará a corporizar parte do nada ou o nada por inteiro. Sim, múltiplas questões, múltiplos caminhos, hipóteses intermináveis.
Qualquer que seja a origem daquilo que vivo, tenciono viver ou que penso viver, o que importa não são os infindáveis anos que existem atrás de mim e que continuarão inexoravelmente a existir quer eu respire, viva ou morra. Não importa se uma mão do Além me arquitectou vigorosamente dando-me um corpo, e quiçá algo sem matéria a que me habituaram a chamar de alma. Tudo isto não importa porque se importasse a minha existência seria vil e vã. Que me interessa se a Terra tem 4.600 M.a, se os fósseis são testemunhos de vida… Tudo isso teve o seu tempo, quando foi tempo de alguma coisa. Foi um ciclo, acabou. Tal como em tudo na vida, na morte ou na mera existência.
Dá jeito acreditar numa vida para além da suposta última morada, com muitas flores, rezas, uma ou outra lágrima em cima da lápide. Mas, por outro lado, tudo isso é demasiado vazio. Se há ou não algo soberano, para lá do sítio em que os pássaros voam, possivelmente eles o saberão, pois eu nunca vi. È verdade que não são os meus olhos que dão existência ao que quer que seja, mas é com eles que a realidade se afigura perante mim.
Reconforta-me o facto de amanhã ser outro dia, com sol ou chuva haverá uma nova aurora que não virá por eu estar cá à sua espera. Virá porque tem de vir. Então que diferença faz eu estar ou não estar?

domingo, maio 07, 2006

Momentos e vidas

Entre birras, caprichos, mesquinhices necessárias, elogios… toda a gente sente necessidade de se dirigir à sua mãe.
Não sinto indispensabilidade de consagrar um dia em especial à minha mãe e, se tivesse de o fazer, não seria um mas todos. Um mero dia estereotipado, não me diz rigorosamente nada. Aliás, esse dia é mais um complemento. Mas os dias, os anos, as vidas não são feitos de complementos e sim de momentos inteiros. Esses momentos são as coisas que só fazem sentido porque têm um toque da mamã, nem que seja um chá na cama quando a minha imunidade está afectada.
Mãe é mãe e há só uma: aquela que se fosse outra, não seria a mesma coisa nem faria qualquer sentido…
Obrigada mãe por tudo, um beijo da tua filha Sara*

quarta-feira, maio 03, 2006

Não é por acaso que um olhar transcende um toque… um sorriso… uma palavra… Um olhar encerra em si toda e qualquer expressão imaginável… é por isso que é tão magnífico! ;)