quarta-feira, novembro 29, 2006

A quase MaYa agradece-te... ;)

"Sara, não deixes de ser quem és. Tu tens uma necessidade tremenda de libertar essa ira que há em ti, numa ode, num orgasmo psicológico que anseia por se libertar. Uma necessidade que constrói a tua personalidade, que te faz neologar e consultar constantemente o ID para atingires esse clímax que tantas vezes alcanças. Eu sinto que te apetece gritar bem alto para o mundo e dizer tudo o que sentes, esquecendo o que o superego te manda, aliás, apetece-te quebrar esse superego, rasgar a membrana que te aprisiona ao terreno e deixar-te ser o "Isso". Pois, eu só te posso dar um conselho: sê-lo!" By AbelhinhO mor =)



O meu vivificado ego suplantou-se ao ler isto, e ainda se suplanta. Mais do que um sincero obrigado, isto é um agradecimento público e merecido. São palavras lidas, relidas e voltadas a ler, porque não estão em mim sendo eu. Uma a uma, gotejam-me e ao fazê-lo sabem bem. Muito bem. Ainda que o paladar não as tenha aninhado. Não interessa, pois são coesas e sentidas a fundo, bem cá dentro, onde o seu amontoado encontra um lugar não extorquido. Há pessoas que, efectivamente, fazem falta à própria existência.

domingo, novembro 26, 2006

Viagem no tempo

A pedido de alguém, cá está uma dissertação sobre os meus dez anos. Aproveito para dizer que, enquanto a escrevi, fiz uma deliciosa viagem no tempo.
Creio que, invariavelmente, todos nós temos algo a dizer da época mais peculiar da vida. Aquela que dispensa apresentações por ser a base de tudo o resto, por meio de memórias aprazíveis ou não. Quando se é criança parte-se, ainda que inconscientemente, à aventura de um mundo onde nunca ninguém soube explicar quais os fundamentos que o sustentam. Na verdade, à medida que ser-se criança preenche um horizonte profundamente cobiçado mas já excedido, a vida vai fazendo questão de ser a pedagoga da pedagogia, ao ensinar-nos que o que importa não é conhecer-lhe as origens mas antes testar-lhe os limites. Talvez este seja o cerne infantil, não conhecemos limites mas queremos incorporá-los, vivendo-os inocentemente. Esta divagação poderia avolumar o meu intelecto horas a fio, mas quero conduzi-la à vivência dos meus dez anos.
Quando penso nesta etapa, aflui-me à mente um amontoado de sensações, que seria uma acto vil e vão, tentar expressá-las. Lembro-me que, a partir daquela época, a vida começava a ter gosto. Não sabia à inocência das histórias de embalar dos saudosos cinco anos, mas tinha um gosto integral que nunca mais protagonizei. Naquela idade, começei a tomar um rumo distinto daquele que tinha até aí. O baú de memórias, hoje sei, estava aos poucos a amontoar-se. As peripécias que passei dentro daquele portão, projectavam-se na minha vida fora de lá. O jardim-de-infância, os picotados e o bibe que depois deram lugar à escola primária, aos livros e à veste não trajada, passaram a estar encaixotados aos pedacinhos na minha mente. As brincadeiras inocentes e que no mundo dos crescidos são irrisórias; as saídas da escola no dia da espiga; os intervalos, sempre tão deliciosos, passados a correr nas traseiras; o primeiro beijo a medo mas único e irrepetível; o facto de ver um avião a cruzar os céus e pasmar-me com a sua imponência; fitar, a preceito, a professora enquanto ela me expunha as operações numéricas; descer as escadas a uma velocidade estonteante para ser a primeira a chegar aos baloiços; divagar pelo episódio do dartacão que passava na televisão enquanto eu mordiscava, a custo, pão e bebia leite; fazer birra e chorar de peito aberto porque era a única forma de tentar impor a minha vontade. Enfim, guardo uma imensa nostalgia de tudo isto. Até de quando caía porque o meu pai largava, antecipadamente, o assento da minha bicicleta ou porque o meu irmão descia os íngremes valados ao pé de casa e eu queria ir atrás, julgando-me capacitada da mesma façanha. O resultado eram muitos hematomas, pontos nos lábios, mas sobretudo muito contentamento. As dores fustigavam-me o corpo mas a alma, essa, estava acalentada.
Por todos estes motivos e por muitos mais, a minha infância é o porto de abrigo de mim mesma. O meu refúgio de quando o mundo dos crescidos não faz sentido. Os momentos marcantes da vida estão nas coisas lineares. Tenho saudades. Muitas. Contudo, gosto de as ter porque sei que todos aqueles sentimentos estão guardados dentro de mim e me ensinam, a cada segundo, que só fazem sentido como sendo uma saudosa e eterna contemplação. Por isso vivo e refugio-me neles quando tudo resto parece andar à deriva.
Às vezes estes momentos inundam-me numa espécie de exocitose psíquica e é então que preenchem o meu mais ínfimo complemento.

segunda-feira, novembro 20, 2006

O inesquecível dartacão




Era uma vez os três
os famosos moscãoteiros
do pequeno dartacão
tão bons companheiros
os melhores amigos são
os três moscãoteiros
quando em aventuras vão
são sempre os primeiros
quando eles vão combater
já não há rival algum
o seu lema é um por todos
e todos por um
o amor da julieta
é o dartacão
e ela é a predilecta
do seu coração
(dartacão, dartacão)
correndo grandes perigos
(dartacão, dartacão)
perseguem os bandidos
(dartacão, dartacão)
e os três moscãoteiros
longe vão chegar
(dartacão, dartacão)
és tu e os teus amigos
(dartacão, dartacão)
em jogos divertidos
(dartacão, dartacão)
vocês são moscãoteiros
a lutar!!
(bis)
Ahhhh, que saudades! Nunca me esqueci desta canção, nem o poderia fazer porque ela é um pedacinho de mim que sei de cor. De fio a pavio, cada sílaba guarda um cantinho da escola primária. Os amigos para toda a vida, os dias inconfundíveis, as tardes em que efectivamente eu era feliz porque não tinha a mínima noção disso nem tinha pressa de a ter. Como é bom ser-se criança... Para recordar eternamente!

sábado, novembro 18, 2006

Sucks!

Não gosto, porra! Não gosto e acabou. Mas por que raio tenho de gostar? Porque sim?! Tretas. Só tretas. Temos todos de gostar da mesma forma, do mesmo género, de uma maneira rotulada? Levem a perfídia para o quinto dos infernos.
Não gosto, assim, porque não tenho de gostar. Metam o entulho de aparências no c*. Deixei-me o juízo em paz. Querem gostar, gostem. Bom proveito. Não me impinjam é uma publicidade deslavada a todos os níveis.
Não gosto da propaganda que antecipa o Natal. As luzes nas ruas, as montras vulgarmente embelezadas, os brinquedos muito bonitos que são literalmente embutidos aos mais pequenos. Enfim, tudo isto soa a uma falsidade extrema, cujo o único objectivo é vender. Muito de preferência.
E o resto do ano, não há crianças a morrer à fome, que precisam de ajuda? Não há causas nobres às quais nos devemos dedicar? Não há um pedacinho de nós que exige partilha? Então por que é que estas causas só têm rosto, especialmente enaltecido, nesta época?! É Natal e fica bem ajudar. Tenham dó! O Natal é um dia, o resto do ano são todos os restantes, nos quais o mundo subsiste numa cruel desigualdade.
As causas nobres nascem de gestos que devem sempre existir, não apenas numa época restrita, mas na entrega que nos torna pessoas. O espírito natalício não deveria estar subjacente ao vinte e cinco de Dezembro. Deveria, isso sim, estar na garra a que nos damos e em que fazemos qualquer coisa, ainda que aparentemente, pequenina. Não somos pessoas para além do efémero dia de Natal?!

What I need



U2 & Mary J. Blige - One

sexta-feira, novembro 17, 2006

É preciso mudar


Hoje o meu intervalo de aulas foi tão espaçado que pensei apanhar mais uma seca, sem grande coisa para fazer. Enganei-me redondamente. Acabei por ir assistir a meio da manhã, por arrastamento confesso, a uma palestra sobre água e biodiversidade.
Comecei por ficar atordoada com o curriculum do professor que a estava a falar sobre verdades inconvenientes. Tinha setenta e poucos anos e há mais de cinquenta que dava aulas. Dizia ele que alguns dos seus alunos já estavam aposentados. Obviamente que com setenta anos, o normal é estar-se reformado. De facto, o senhor estava. Estava reformado da sua profissão, mas pude perceber que jamais estaria aposentado das suas convicções. Transpareceu uma imensa capacidade a diversos níveis. Achei fantástico o carisma que colocava nas palavras, a determinação com que as vivia. A certa altura disse: “O mundo anda literalmente aporcalhado”. Esta frase provocou na plateia uma gargalhada colectiva. Enquanto apresentava os slides com que se fizera acompanhar, ia mostrando que a nossa sociedade, os jovens de hoje muito pouco fazem para que os seus netos possam viver num mundo não inóspito. Verdade indiscutível pensei eu.
Poderia aqui citar as diversas frases brilhantes que lá ouvi, mas seria absolutamente despropositado. Porém, saí daquela sala com um espírito diferente daquele que levava. Esta onda economicista em que estamos mergulhados, é a nossa autodestruição. A arma mais letal de todas e aquela que incrivelmente é levada a termo por nós. Esquecemo-nos que precisamos do mais ínfimo ser vivo para que possamos viver e acabamos por destruí-lo sem pudor.
Pergunto-me para que mundo trarei eventuais futuros descendentes? Podridão é a única resposta que me ocorre. É urgente mudar, não na teoria mas na prática caso contrário num futuro a curto prazo, nos mais valiosos cofres não estarão notas, mas antes botijas de oxigénio e de água potável, (se ainda a houver).

terça-feira, novembro 14, 2006

Muitos parabéns avó =)

Hoje a minha avó faz oitenta e cinco anos. Mais um dia de vida e na vida de alguém que, aparentemente, o mundo não nota. Contudo, noto eu. Faço-o com todo o gosto. Desde que me conheço como gente que a minha avó faz parte da minha vida, da pessoa que eu sou. Embora não tenha tido oportunidade de estudar, tem uma imaginação fantástica que não reconheço em mais ninguém. Quando eu era criança não dispensava, sob pretexto algum, as suas histórias. Noite após noite repetia: “´Vó contas uma estória à mim, contas?”
Eu já sabia que ela me iria contar porque jamais se recusou a tal. Estava sempre lá quando eu precisava que uma mão me embalasse. Era fantástico. Tudo o que era dito não vinha de nenhum livro, mas de uma sabedoria que me deixava consoladamente espantada. Eram coisas ditas sem pensar, que afluíam naquele momento, numa extrema sensibilidade. Lembro-me de uma vez ter feito birra com o meu irmão pois queria ser a primeira a adormecer naquelas palavras. Ela, levou-nos a ambos para a cama e sussurrou -nos: “Hoje ouvem os dois ao mesmo tempo. A avó vai contar uma história que vocês vão gostar muito.”. De facto, embora não me lembre exactamente daquelas palavras, recordo-me de ter adormecido perfeitamente bem com a vida.
Os anos foram passando e hoje a menina que acreditava no pinóquio, no lobo mau, na cinderela (...) cresceu. Hoje já não sou criança. Perdi encanto e ingenuidade afagáveis. Sou alguém que que deve àquela senhora, companheira desde as noites chuvosas e frias até às mais quentes, um muito obrigada. Obrigada por me teres ajudado a crescer, a perceber que apesar de o pinóquio fazer parte do mundo encantado, as pessoas podem torná-lo verdadeiro, ou não haverá sempre outras crianças a precisarem de acreditar nele para depois partirem à aventura do mundo fantastático do real, em que os sonhos podem ser feitos de carne e osso.
Isto é uma homenagem, daquelas que só fazem sentido porque acabei de lhe dar os comprimidos e ela dorme, ocasionalmente, ali atrás de mim. Sonhando, quiçá, com as histórias que tantas vezes preencheram os meus sonhos e que hoje são a base do meu mundo.
Graças ao fabuloso mundo infantil, aprendi a acreditar que o pinóquio é indiscutivelmente real num espaço fisicamente acessível ao meu tacto: a minha mente.

quinta-feira, novembro 09, 2006

Um ano de afiando a língua


Há um ano atrás, estava eu a chegar de uma normalíssima quarta-feira de aulas quando de repente pensei: Que tal um blog para rematar o dia?
De facto fi-lo, embarquei na blogoesfera e por cá tenho divagado. Acabei por não rematar apenas esse o dia. Rematei-me a mim. Fiz um lugar meu, um sítio onde me conhecem sem me ver. Coisa estranha. Pessoas que nunca vi e que, muitas delas, nunca verei nem saberei que existiram, passam por cá. Conhecem pedacinhos de mim que se não estivessem aqui estariam apenas dentro de mim, num espaço que nem o mais íntimo conhece. Curiosa estas minha exposição sem corpo. Existo na clandestinidade destas linhas. Mas, jamais sou clandestina de mim mesma. Cada texto é uma pequena parte do meu mundo, no qual me exijo por inteira. Não me aceito numa junção de fragmentos.
Hoje, voltei a ler cada post. Ri-me de alguns, lembrei-me de detalhes de outros. Dos restantes bateu saudade, daquela abundante e miudinha. Muita mesmo. É aqui que faço da minha mente um rabisco. Aos poucos fui arranjando um amante oficial que hoje me conhece como ninguém. Em um ano de paragens por cá, descobri que se há coisa que gosto é de escrever. Fazê-lo sem compromisso nem regras. Escrever só por escrever. Atirar cá para fora o que se amontoa cá dentro, às vezes um lixo pessoal outras vezes um lixo mundial. Este é o meu contentor. Aquele que quero continuar a encher e esvaziar. Enchê-lo com peripécias pessoais ou alheias e depois esvaziá-las nesta caixinha que me faz sentir bem. Existe tanto por dizer que quando penso nisto tudo sinto que quero continuar.
Obrigada a todos que me visitam, e obrigada a cada pedacinho desta casa. Ela conhece-me as teias e eu conheço-lhe os cantos onde, um a um, cada teia assenta.

terça-feira, novembro 07, 2006

Sedução não seduzível

A sedução não tem que ser material. Um mero jogo de cintura, de apreciação carnal, de cedência aos estímulos visuais e apetecíveis. A beleza, por si só, é tão frágil que se existisse isoladamente num à parte não perecível, já estaria extinta. Seria secante, deprimente e insuportável. A matéria da beleza é a pessoa, aquilo que não está numa simples soma de genes exprimidos por um fenótipo. O que os olhos captam é apenas momentâneo e incrivelmente vazio. Tão vazio que chega a gelar. Gela pelo calafrio que nada tem, pelo estrondo tão enganador a que todos acedemos sem hesitar, pela fragrância exótica de uma matéria sem odor. E, se algum odor exala, é uma mistura sem doses certas. Uma amálgama que ninguém define mas que todos farejam a léguas como se se tratasse de um perfume que não tem intimidade com os tecidos, mas que o nariz sabe exactamente onde localizar.
A sedução é mais do que um conjunto de características bem rotuladas a que cada um de nós responde com apreço. É aquilo que toca e volta a tocar. Toca de levezinho e vai acumulando detalhes tão pequeninos que nem sequer nos atrevemos a procurar, mas com os quais nos envolvemos. Não é vazia, volátil. Começa precisamente onde a beleza acaba. São domínios que não se interceptam mas chegam a aproximar-se. Seduzir não é ser belo porque se tem uma fisionomia desejável, é antes preencher as lacunas da fragilidade da beleza. A sedução é a encarnação de uma matéria não definível capaz de habitar no mundo dos fragmentos desprovidos de forma, mas com um conteúdo que a beleza jamais atingirá. Não é parecer-se mas ser-se.

domingo, novembro 05, 2006

Noite de sofá

A teimosia da chuva fez questão de preencher a noite. Acabei por me aninhar no sofá e não saí. Este programa alternativo não escolhe idades e eu ontem tive de o escolher a ele. Agarrei no telecomando e carreguei aleatoriamente num número. Parece que foi o dois. Num gesto certeiro, estava a começar o filme: “Cidade de deus”. Já tem um tempinho, é certo. Prendeu-me a atenção desde o primeiro minuto porque a cena inicial já me era familiar. Deliberadamente, quis voltá-lo a ver. Harmonizei-me sem grande intimidade com a manta e acabei por não mudar de canal.
Para quem nunca viu, é uma história estranhamente real. Trata-se de uma favela brasileira onde se aplica o velho lema: ou matas ou morres. Há rivalidade entre os dois líderes dos bairros: o Zé pequeno e o Cenoura. O primeiro é negro cresce aos trambolhões, escapando aqui e ali sem ele próprio conseguir perceber como chegou à adolescência. É frio, calculista e mata por prazer. O segundo é branco, mais generoso e faz tudo pelo dinheiro. Todos os fins justificam a sua obtenção. A acção desenvolve-se à volta das picardias entre um e outro.
A certa altura um miúdo com peito enaltecido diz perante uma provocação: “Eu já fumei, já cheirei, já matei e já roubei. Eu sou muito homem.” Frase fictícia de um filme inspirado em factos reais. É curioso o ápice com que se passa da ficção à realidade.

sábado, novembro 04, 2006

Hoje apetece-me esta

A chuva arrefece-me o espírito. Por isso, apetece-me postar esta música que me deixa sempre bem diposta...
Skye - Love Show
Sit down, give me your hand
I'm gonna tell you the future
I see you, living happily
With somebody who really suits ya
Someone like me
Stand still
Breath in
Are you listening
You don't know
Somebody's aching
Keeping it all in
Somebody won't let go
Of his heart but the truth is
It's painless
Letting your love show
Break down. Give me some time
I don't want the fear to confuse ya
Right now, it's so wrong
But maybe it's all in the future
Someone like you
Stand still. Breath in
Are you listening
You don't know
Somebody's aching. Keeping it all in
Somebody won't let go
Of his heart but the truth is
It's painless
Letting your love show
Maybe truth, maybe lies
Made me want you
Maybe dumb, maybe wise
I don't know
Somebody's aching
Keeping it all in
Somebody won't let go
Of his heart but the truth is
It's painless
Letting your love show
You don't know
Somebody's hurting
Holding it all in
Somebody can't let go
Of his heart but the truth is
It's painless
Letting your love show
Love show
Letting your love show

quarta-feira, novembro 01, 2006

Feriado?

Hoje é feriado, dia de todos os santinhos e entidades que arranhem na santidade. Isto dito assim até soa bem… pois soa. O que soou muito mal foi ter de ficar em casa porque amanhã tenho teste. A tarde estava apetecível, mas não pude aceitar o convite de ir por aí . Esteve a comitiva familiar em peso OUT e eu em casa, pois claro. O irmão foi vadiar com o pai, a mãe foi comer castanhas a casa da vizinha e a filha ficou em casa. Olha que bom! Devia de ser proibido fazer testes a seguir aos feriados ou, então, o conhecimento deveria ser um dado adquirido por osmose. O pior é que nem uma coisa nem outra.
Realmente é preciso ter uma resistência de ferro para ir buscar forças não sei onde para ficar a estudar ou, pelo menos, convencer-me mentalmente disso enquanto a vontade é sair cedo e só voltar à noite. Mas não pode ser. E a minha avó sempre disse que o que não pode ser tem muita força. Em tempo lectivo uma pessoa passa a ser pessoa só pelo termo em si, porque quanto ao resto não há vida própria, conversas até às tantas, saídas até quando anoite passa a ser aurora. O que há é um sistema de cativeiro. Enfim, é o que se arranja no reinado dos crescidos. É assim que eu ando até ao próximo stand-by.
P.s: Ao menos e, já na segunda parte, o Benfica está a dar dois sequinhos ao Celtic. Vá, pronto, não digam que não é um hospedeiro simpático. ;)