sexta-feira, junho 30, 2006

Epah pelo amor de Deus, a cena mais irrisória é lascar um dente a comer pêssego... Mas que essência!

sábado, junho 24, 2006



Naquela noite, ambos tinham ambições semelhantes. Queriam transcender-se a eles próprios e também um ao outro. Procuravam a maneira de o fazer e, apesar de esperarem que a noite os tomasse e lhes segredasse palavras que só ela saberia, havia muito mais por onde embarcar. A compartilhar aquela estranha acanhes, a Lua mostrava-se perdida na imensidão do Céu, deixando apenas transparecer uma luz ténue. Porventura, uma luz que lhes absorvia mais do que o olhar, fazendo-os questionar momentaneamente se estariam mesmo ali. Mas, mesmo que não estivessem, para quê questionar banalidades, se a única coisa que importava era aqueles dois corpos, na sua essência. Estavam ao sabor da brisa, do ambiente deliciosamente sombrio e da soberba noite. Agora, por debaixo das suas cabeças, permanecia aquela relva com uma frescura reconfortante que para além de lhes servir de cabeceira e de esteira corporal, era um complemento deles mesmos. Entrelaçados na infinidade do nada, continuavam a observar o astro celeste, ao mesmo tempo que tentavam perceber se se amavam ou se estavam apaixonados. Qualquer que fosse o sentimento, havia algo de diferente ali. Esse algo era aquilo o que os fazia questionar uma série de leis e, sobretudo, demandar o ínfimo dos seus seres. O que era mais importante? O facto de estarem ali ou interrogarem-se sobre a autenticidade daquele sentimento?


quarta-feira, junho 21, 2006

Coisas... de homens!

Ontem, fui à oficina com o meu pai. Já nem me lembrava da última vez que entrei numa. Mas, sinceramente, também não mudou quase nada. Continua no ar aquele cheirinho a óleo e borracha dos pneus; os velhotes, já barrigudos, a reclamar porque o tractor não pega; as mulheres desnudas numa das paredes; peças e mais peças por arranjar, umas já oxidadas outras lá perto. Enfim... Mas o que eu acho mais piada é aqueles cumprimentos mesmo à homem com as mãos cheias de tudo e mais alguma coisa menos de asseio, como se entende, e depois de um mecanizado “Então como vai isso?” lá sai um aperto de pulso.
São engraçados estes médicos da mais variada maquinaria e melhores ainda se os pais tiverem acertado nas medidas.

domingo, junho 18, 2006

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Nunca gostei muito de fazer planos, porque acabam quase sempre em nada. Dizem que quem espera sempre alcança e até posso concordar com isso quando entra a questão da perseverança. Alcançar o que se ambiciona há um tempo considerável é gratificante, principalmente se isso nos dá um gosto especial de satisfação. Quando a querença e a arquitectura aparentemente utópicas dão lugar a um conjunto de gestos profundamente almejados, parece que nada mais importa, pois tudo o que resta é um mero fragmento.
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sexta-feira, junho 16, 2006

Exames na calha

Andei o ano todo a tentar consciencializar-me de que os exames seriam uma realidade, mas acho que nem essa tentativa consegui afigurar.
Eles chegaram, estão na calha! Segunda-feira começa o duelo e espero que não seja um épico desastroso. Sinceramente também não sei se estou preparada e, muito provavelmente, só o saberei no dia que os fizer. Enfim, espero ter estimulado minimamente as minhas sinapses.
Felizmente não sofro de ataques de ansiedade incontroláveis e deprimentes. Venha o que tem de vir, cá estarei. Mas como há sempre um lado positivo da questão, pelo menos é bom receber paparicos maternais que sabem sempre bem…
Enfim, se me apanho com isto para trás das costas e a gozar merecidas férias, até penso que é mentira. Como alguém diria “Don´t stressate, inovate”.

segunda-feira, junho 12, 2006

Uma noite 5*

Existem momentos que jamais esqueceremos e esses são, sem dúvida, o melhor disto tudo. O SBSR foi simplesmente fenomenal. Uma noite inesquecível para recordar daqui a uns belos anitos e contar aos netinhos. Poderia ter sido mais uma noite de diversão mas não. Foi muito mais do que isso. Os keane e os Frans Ferdinand no seu auge, sem qualquer margem para dúvida. Simplesmente divinais!
Obviamente que não me esqueço daquele ambiente indescritível… a conversa do comboio sobre mundos paralelos… a cervejinha ao gosto do freguês… as fotos manhosas… a entrevista (sim porque somos meninas importantes)… o mano do reggeaton… o Óscar e os prodígios da Mimi… os devaneios da semi lagosta… as moxes… os berros até que a voz doesse… as cavalitas... os grandes momentos de êxtase… as pseudo WC… os jactos… o jardim e a relva… as fotos à paparazzi... os bancos milagrosos… os emplastros… os crepes (obviamente que jamais se compararão com os do Panchito)… a resistência ao sono... a directa e ida às aulas… os Ucranianos que nos fizeram perder o comboio…
Enfim, qualquer réstia de cansaço foi prontamente superada pela adrenalina pura. Uma daquelas noites que valeu por tudo, e especialmente pelo vosso companheirismo. Temos de repetir… ;)

sexta-feira, junho 09, 2006

Pseudo actos


As pessoas têm muito a mania de se camuflar naquilo a que chamam destino. Este parece ser a desculpa perfeita pois, se assim o é, à pessoa é apenas atribuída uma acção passiva. Outorgar-lhe um carácter impreterível e inalterável, parece ser a desculpa perfeita para nos isentar de qualquer culpa.
Somos nós que agimos, bem ou mal e as escolhas que fazemos, os medos que temos, o sonho de chegar mais além, não fariam qualquer sentido se fossem transcendidos a um plano paralelo a cada um de nós. É leviano atribuir ao destino a razão primeira das coisas. Somos pessoas, não meros projectos delimitados e a vida somos nós que a fazemos com escolhas mais ou menos acertadas. Cada um vive à sua maneira e a sua vontade é soberana dentro de certos limites.
Os seres insensatos chamam-lhe destino, eu chamar-lhe-ei apenas opções de vida, sendo que esta é demasiado preciosa para se desperdiçar assim. Não percebo, nem posso perceber, mas talvez um dia isto faça sentido.

domingo, junho 04, 2006

Simplesmente genial*

Porque quase ninguém conhece esta maravilhosa música, aqui fica ela... é fabulosa... cantada em grupo a caminho da praia é ainda melhor... Quem não a conhece, oiça e dar-me-á razão!
Os fenomenais Red Hot que me perdoem, mas esta é só pra ti... *....Bzinhu... *
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Red Hot Chili Peppers
Cabron
by Anthony Keidis, Luciano De Souza
Cabron cabron
Cabron cabron
I see you in the park
You're always wearing
Dodger blue
Mad doggin' me and
Anyone from any other crew
I am small but I am strong
I'll get it on with you
If you want me to
What else can I do
Everyone would take a cue
From anything you do
If you want them to
What else can they do
I don't want to fight
I want to get along with you
This time of night is
For singin' songs
About the local news
Cabron cabron
Cabron cabron
I'll come around and make peace
Get down have a barbeque
Let's keep the moon awake
And do electric boogiloo
I am small but I am strong
You see I'm just like you
If you only knew
That I'm just like you
All the world would
Take a cue from
Anything you doIf you only knew
That they're just like you
I don't want to fight
I want to get alone with you
This time of night's
For singin' songs
About the local news
I don't want to fight
I want to get alone with you
This time of night's
For singin' songs
About the local news
Cabron x8
If you want me to
What else can I do
Cause I'm just like you
If you only knew
Cabron x8
***