quinta-feira, agosto 23, 2007

Existir com três palmos e meio



Dizem que não são as qualidades que decidem quem somos, mas antes as nossas escolhas.
Se escolhêssemos ao acaso, como quem larga migalhas ocasionalmente, então não seríamos capazes de optar, mas de somente existir por coincidência. Quantas e quantas vezes escolhemos às escuras, em prol de quase nada. Contudo, fazemo-lo porque sabemos que é imperativo abarcar alguma coisa. E é sempre mais fácil escolher no abstracto sem linhas traçadas, do que no concreto da existência.
Viver implica traçar trajectórias paralelas ou divergentes. Importa traçá-las sem grande alarido. Dar à alma o comestível dos dias e das noites e, subsistir, para além do ser.

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