sábado, julho 14, 2007

Sete do sete de dois mil e sete



Sete do sete de dois mil e sete. Um pouco mais que um mero dia. Um dia cheio de emoções. Foram eleitas as novas sete maravilhas mundanas, e Portugal esteve sob olhares atentos dos quatro cantos do mundo. Cerimónia estrondosa, depois de se terem juntado os votos.
De facto, gostei de ver. E, apesar de não ser fã da tvi, devo dizer que está de parabéns pela cerimónia, pela festividade, pelos símbolos. Enfim, pela obra.
Com uma pena que quase que me pesa mais do que alma, não estive presente. Mas assisti com franco agrado.
Alguns dos monumentos mundiais em que votei, lá estavam, no topo da lista. Outros, surpreendentemente, também. Mas o povo é quem mais ordena. Relativamente às sete maravilhas deste nosso Portugalinho, fiquei um pouco apreensiva porque considero que o Convento de Cristo, em Tomar, seria um justo vencedor. Porém, só não o foi porque de facto não está, nem de longe nem de perto, tão divulgado como outros monumentos. E quem vota, fá-lo pela fama, prestígio e difusão da obra. E, nesse aspecto, ainda existe um longo caminho a percorrer. Contudo, todas as obras têm o seu encanto e importância e não duvido que todas as vencedoras foram um marco importante na construção do nosso povo, das nossas gentes.
Em jeito de alinhavo, queria só deixar uma nota aos artistas que passaram pelo fabuloso estádio da Luz, que estiveram altivos como urgia numa cerimónia deste carisma. À excepção daquela senhora pardacenta que assassinou os meus tímpanos e aquela fabulosa música.
Mas bem, quanto a isso, são vidas.
Como não há bela sem senão, por momentos até duvidei que estivesse em Portugal. É que parece que em Portugal se fala português, não sei bem. Mas parece que sim. Contudo, só de forma muito residual se iam soltando umas palavrinhas à zé-povinho. Ora, isto é deselegante e ofensivo para a cultura portuguesa. Quem não sabe português faça favor de aprender. É que quando vão a Israel, se calhar também não falam Chinês. Ou se falam, correm o sério risco de lhe virarem as costas. Cada cultura com os seus costumes, e há que saber respeitá-los. As legendas deveriam ter sido feitas para os outros povos que eram espectadores e que não estavam "em casa". É que assim até dá a ideia que os portugueses é que estavam em casa alheia, num país desconhecido que se comunica por meio de uma língua de todo estranha. Que maravilha, realmente!

P.s: Não foi por mero acaso que uma cerimónia destas ocorreu no estádio da Luz. Nos grandes momentos, exigem-se grandes locais.

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