terça-feira, junho 26, 2007

Queca e lazer

Existem diversos tipos de objectivos. Aquele que é mor nos homens crescidinhos, quando conhecem uma menina igualmente crescidinha e bem apessoada, ou nem tanto, é levá-la para a cama. Sendo que o “crescidinha” tem diferentes graus de aceitação.
Porventura, nem todos eles. Mas, de certeza que há uma quantidade significativa que figura para além da excepção à regra. Portanto, os Homens com H, que perdoem as minhas palavrinhas.
Ora, acontece que os meninos nos dias que correm, têm um poder especial de dialéctica que, a bem dizer, dá um toque perfeito àquele ar de figurino desejado. Fora esses, quando eles não são propriamente avantajados das proporcionalidades cobiçadas, normalmente são doutorados em discurso, nitidamente falacioso, mas que as moçoilas pouco atentas e com personalidade flácida, aderem com uma facilidade extrema. Ao que eles esfregam as mãos de contentes.
Depois, há ainda os bananas. Esses que, nem têm poder discursivo operacional, nem tão pouco devem um tusto aos paizinhos na hora da fecundação. Às vezes são boas pessoas. Ponto.
Adiante. Eles querem coisas sem compromissos, elas gostam de emotividade. É quase sempre assim. Quase. Para um homem é mais fácil uma noite de pura queca, só porque lhes apetece comer uma gaja e acabar num banco de trás no auge da testosterona. A sua natureza assim o dita e a sociedade é condescendente. Dão primazia ao prazer. Somente isso. É fácil envolverem-se com uma menina porque ela é bonita e porque gostam de ter uma colecção significativa de amigas das amigas, às quais já deram a volta. Eles fodem porque sim. Não estão muito virados para ah e tal, amor. Depois, traem com uma facilidade extrema, mais depressa do que o tempo que uma dessas senhoras da elite, demora fazer um botoxe. Mas meus amigos, a piada está em ser-se fiel, o resto toda a gente consegue. Quando não gostam, no verdadeiro sentido do termo, mas a moça até nem lhes é indiferente, fazem fitas ao perceberem que estão a ser tratados com indiferença, aliás como merecem. Sentem que a atenção que lhes é dada é posta em causa, e ficam de beicinho pendurado. Telefonam, mandam mensagens com boquinhas e propostas indecorosas, só porque sentem que o seu bibelô de estimação, corre risco de não estar mais ali à disposição do amo quando ele muito bem quer e lhe apetece. Eles, quiçá, apaixonam-se por uma mulher depois a terem conseguido levar para a cama. Raramente, muito raramente, é o inverso que prevalece. E se não conseguem à primeira, insistem porque lhes dá pica verem até onde elas resistem. Fazem disso um jogo de diversão até saírem vencedores com o Óscar de mais melhor bom.
Ora, quanto a elas, normalmente, e frise-se o normalmente, o cenário é um pouco diferente. É muito mais fácil apaixonarem-se por um homem sem terem tido, à priori, nada com ele. Se calhar falamos mais uma vez de natureza. Não sei. Podem até rejeitar um convite, porque tem outro na cabeça e não lhe parece correcto. Não sei, sinceramente, até que ponto essa atitude é a mais coerente, mas já a vi acontecer tantas vezes que lhe perdi o conto. Parece um bocadinho a tragédia de Édipo, mas quase nunca falha. Aqui, falamos, mais uma vez, da sociedade.
Se, numa noite um homem se relaciona com duas mulheres ou anda com duas ao mesmo tempo, os amigos logo reafirmam que ah, isso é que é de macho! Se for uma mulher é logo intitulada de grande puta! Logo aqui, a sociedade discrimina desmesuradamente. Mas, quer num caso ou outro, é de uma falta de carácter insuportável.
Portanto, e porque já me estou a alongar em demasia, para eles é mais fácil ter uma relação de uma noite e descartá-la no dia a seguir. Como dizem os Expensive Soul: “Para mim é uma queca, para ti é lazer/ É só esta noite, depois disso acabou/ Amanhã dou de fuga e tu não percebes porquê.”.

2 comentários:

Anônimo disse...

Belissimos!!! Nem mais nem menos!

mijinha disse...

esta excellent!!! Ainda hj tivems a flr desse pequeno pormenor...Mas sbs k a nha visão é um pco difrnt no entanto adorei esta obra prima...bju