sexta-feira, junho 01, 2007


Estou, assim, à espera. De uns instantes arrancados a quase nada. A ti. A mim. A tanta coisa. Talvez até a uma imensidão de pedaços amputados, que parecem inteiros. Só não o são, porque não estás lá.
Parece que tudo vai num sopro, só porque o pensamento me leva para tanto lugar. Poderei ser movediça, mas rejeito arrastar-me. Não quero ir sem causa. Para isso, prefiro ficar sem motivo num qualquer pôr de sol. Por aí. Sabe Deus onde, provavelmente em lugar nenhum. Só ao prazer das imagens que correm velozes, acenando-me numa despedida fortuita. Deixá-las ir é imperativo. Ficar é necessário. Respirando, também se sente muita coisa. Tanta que lhe perco o conto.

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